No
tempo da Roma Antiga, o exército do Império utilizava cães
em suas guerras, assim como estes animais também estavam presentes
em todas as frentes de batalha dos alemães durante a Segunda Guerra
Mundial. Em algumas situações, nas mais recentes guerras, os animais
ainda são usados, apesar das críticas e protestos dos ecologistas
ao longo do tempo. Uma prática não muito conhecida é o uso de golfinhos
em missões militares. Pois assim como os cães, os golfinhos são
animais sociáveis, vivem em grupos e gostam de fazer amizade com
os homens, além de possuírem relativa inteligência, que alguns pesquisadores
dizem estar entre a do cão e a do chimpanzé, mas que na verdade
não se sabe ao certo qual o nível de raciocínio dos golfinhos.
Especialistas afirmam que os russos foram os pioneiros na utilização
de golfinhos em guerras. Durante a Segunda Guerra Mundial eles eram
treinados para saltar quando encontrassem objetos ou mergulhadores
estranhos, avisando a seus instrutores. Os Estados Unidos na década
de 60 usavam golfinhos em projetos secretos. Na guerra do
Vietnã estes mamíferos eram utilizados para identificar mergulhadores
e embarcações inimigas. Mas somente a partir da década de 80, as
forças armadas americanas começaram a utilizá-los na busca de minas
submarinas. Recentemente, na ocupação do Iraque, os americanos fizeram
uso de golfinhos da espécie nariz-de-garrafa (mesma espécie do golfinho
do seriado de TV Flipper). O trabalho dos golfinhos foi vasculhar
uma região do mar no sul do Iraque, nas proximidades do porto de
Umm Qasr, em busca de minas, permitindo que navios atraquem com
segurança. Alguns destes navios trazem o que os iraquianos recebem
como ajuda humanitária.
Atualmente
não existe nenhuma tecnologia para encontrar objetos submersos melhor
que a capacidade destes mamíferos aquáticos. Eles possuem um sonar
natural, que utilizam para localizar objetos e animais no fundo
do mar. Com este sonar eles também podem distinguir minas de outros
objetos produzidos pelo homem, ou corais, por exemplo. Nas recentes
missões no Golfo Pérsico, quando um dos golfinhos treinados encontra
uma possível mina, ele não detona a bomba, simplesmente o animal
marca o local com transmissores. Só então mergulhadores vão até
a região marcada e procuram pelas bombas para detoná-las. A principal
vantagem, neste tipo de operação, é que como os golfinhos são muito
mais velozes no fundo mar que os mergulhadores, o trabalho de varredura
de uma região do mar em busca de minas torna-se muito mais rápido.
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