Novembro 2003
   

Soldado Flipper

Ao longo dos tempos é observada a utilização de animais em operações militares. Recentemente temos o emprego de golfinhos para este fim.

 

No tempo da Roma Antiga, o exército do Império utilizava cães em suas guerras, assim como estes animais também estavam presentes em todas as frentes de batalha dos alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Em algumas situações, nas mais recentes guerras, os animais ainda são usados, apesar das críticas e protestos dos ecologistas ao longo do tempo. Uma prática não muito conhecida é o uso de golfinhos em missões militares. Pois assim como os cães, os golfinhos são animais sociáveis, vivem em grupos e gostam de fazer amizade com os homens, além de possuírem relativa inteligência, que alguns pesquisadores dizem estar entre a do cão e a do chimpanzé, mas que na verdade não se sabe ao certo qual o nível de raciocínio dos golfinhos.

Especialistas afirmam que os russos foram os pioneiros na utilização de golfinhos em guerras. Durante a Segunda Guerra Mundial eles eram treinados para saltar quando encontrassem objetos ou mergulhadores estranhos, avisando a seus instrutores. Os Estados Unidos na década de 60 usavam golfinhos em projetos secretos.  Na guerra do Vietnã estes mamíferos eram utilizados para identificar mergulhadores e embarcações inimigas. Mas somente a partir da década de 80, as forças armadas americanas começaram a utilizá-los na busca de minas submarinas. Recentemente, na ocupação do Iraque, os americanos fizeram uso de golfinhos da espécie nariz-de-garrafa (mesma espécie do golfinho do seriado de TV Flipper). O trabalho dos golfinhos foi vasculhar uma região do mar no sul do Iraque, nas proximidades do porto de Umm Qasr, em busca de minas, permitindo que navios atraquem com segurança. Alguns destes navios trazem o que os iraquianos recebem como ajuda humanitária.

Atualmente não existe nenhuma tecnologia para encontrar objetos submersos melhor que a capacidade destes mamíferos aquáticos. Eles possuem um sonar natural, que utilizam para localizar objetos e animais no fundo do mar. Com este sonar eles também podem distinguir minas de outros objetos produzidos pelo homem, ou corais, por exemplo. Nas recentes missões no Golfo Pérsico, quando um dos golfinhos treinados encontra uma possível mina, ele não detona a bomba, simplesmente o animal marca o local com transmissores. Só então mergulhadores vão até a região marcada e procuram pelas bombas para detoná-las. A principal vantagem, neste tipo de operação, é que como os golfinhos são muito mais velozes no fundo mar que os mergulhadores, o trabalho de varredura de uma região do mar em busca de minas torna-se muito mais rápido.

Por Welmisson Silva
 
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