Setembro 2003
   

O fim da greve...
As consequências da greve na Universidade e no Curso

Todos nós que fazemos um curso em universidade pública sabemos que há muito tempo temos greve dos professores e/ou funcionários, reinvindicando por melhores salários e mais benefícios. Tudo bem que eles lutem por seus direitos, já que desde o primeiro mandato do presidente FHC os professores não têm aumento salarial, ou até antes disso, mas temos que ver se alguma dessas reivindicações surtiu algum efeito. Apesar dessa greve ter sido por causa da não regulamentação do projeto de Lei sobre a Previdência Social, ainda assim temos, nós estudantes, as nossas perdas e atrasos no fim das contas.

Tratando com palavras delicadas, considerando algumas perdas irreparáveis, como por exemplo, prolongação no tempo de graduando, pessoas que estão prestes a concluir seu curso e ficam presas às greves, paralizações de projetos e aquele grande problema que, quem já teve a "felicidade" de passar por uma(s) greve(s) conhece muito bem: a quebra de ritmo de estudos para nós. Esta última os professores poderiam dizer que também sofrem com isso, mas não se pode comparar o esforço de alguém que vai fazer uma prova a outro que vai aplicá-la após uma paralização, por exemplo.

Outro problema existente é o de, por causa do atraso causado por greves, não termos férias sincronizadas com o restante dos "humanos normais". Expondo um exemplo pessoal, desde quando entrei na universidade não tive férias "descentes", ou seja, um período de férias que coincidisse com as da maioria dos estudantes. Essa ultima greve é que deixou mais vestígios, pois teríamos próximo ano, no período 2004.1, uma ótima organização de calendário comparando-se com a que tivemos estes ultimos quatro períodos, relativamente paralelo ao das escolas de ensino fundamental e médio.

Considerando Ciência da Computação um curso que necessita de um bom tempo de dedicação, uma greve implica em uma nova adaptação aos horários das aulas, ao ritmo de estudos que, para a maioria, estava devagar se não quase parando, dentre outros problemas que refletem no curso, como por exemplo o atraso no reinício das atividades do RU, que prejudica muitos dos que freqüêntam o restaurante durante as aulas.

Ficamos assim com a nossa "reinvindicação" sobre as conseqüências do pós-greve que, depois de tudo, somos nós que temos que superar os "problemas" e mergulhar novamente nos estudos.

Por Amanda Saraiva
 
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