Dormir menos do que o necessário em uma noite pode trazer problemas mais graves do que você possa imaginar.
Sabe-se que o excesso de trabalho, estresse, noites de estudo e o acúmulo de tarefas são alguns dos vilões mais comuns de uma boa noite de descanso. A partir disso, as horas de descanso insuficientes fazem o corpo dar sinais que vão além do bocejo e dos olhos cansados. Dormir, frequentemente, menos que o recomendado (6 a 8 horas em média) pode causar mais malefícios ao organismo do que imaginamos.
Especialistas explicam que uma noite com um sono de má qualidade ocasiona uma desorganização do metabolismo e prejudica a assimilação e/ou produção de determinados hormônios, desenvolvendo várias doenças, tais como depressão e obesidade.
“É uma situação em que muita gente está passando e não percebe as consequências. Os sintomas se confundem um pouco com o estresse”, afirma Pedro Genta, do Centro de Medicina do Sono, do Hospital do Coração (Hcor), em São Paulo. Distúrbios do humor, maior sensibilidade, pressão alta, envelhecimento precoce são mais alguns problemas que esse mau hábito pode ocasionar. Causando até muitos outros males mais sérios à saúde, como por exemplo:
Falta de memória: Quando se dorme, o cérebro executa uma espécie de varredura nas informações que ficaram acumuladas com o passar do dia, guardando aquilo que acha importante, e se livrando do que é dispensável e assim absorve aquilo que aprendemos com o passar do dia. Em outras palavras, quem não dorme bem, quase sempre, tem dificuldade de lembrar simples acontecimentos.
Problemas no coração: Segundo a pneumologista do Serviço de Medicina do Sono do Hospital do Coração (HCor) Thaís Bittencourt, noites com poucas horas de sono favorecem o surgimento de doenças como a hipertensão, diabetes e obesidade, podendo ocasionar um prejuízo cardiovascular com o passar do tempo. Aumentado dessa forma, o risco de infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
Falta de coordenação motora: A insuficiência do sono faz com que os reflexos fiquem mais lentos. Aliado à falta de concentração, o problema ganha contornos perigosos quando a tarefa a ser executada é dirigir. Por isso, a recomendação de uma boa noite de sono antes de pegar a estrada é tão importante.
Agravar problemas sérios de saúde: Dormir mal pode acelerar o desenvolvimento do câncer, aumentando a agressividade do tumor e diminuindo a capacidade do sistema imunológico para controlar ou erradicar o câncer precoce, de acordo com um novo estudo publicado online na revista Cancer Research. Uma única noite mal dormida já é capaz de diminuir a produção de anticorpos. Uma vez que o sistema de defesa do nosso corpo está intimamente ligado ao ciclo do sono. Segundo David Gozal, autor do estudo, o sono aos pedaços muda a forma como o sistema imunológico lida com o câncer, fazendo a doença ficar mais agressiva.
Tendo como foco principal o estudo e combate desse problema, que tem se espalhado de forma sutil entre os brasileiros, foi criada a Associação Brasileira do Sono (ABS). No site da ABS (http://www.absono.com.br/,site) você encontra links para a revista Sleep Science com os melhores artigos sobre medicina do sono e saiba tudo sobre o XIV Congresso Brasileiro do Sono realizado ano passado no Rio de Janeiro.
Vale salientar que é sempre possível recuperar o sono perdido, através do aumento gradual do tempo de sono de 15 a 30 minutos por noite a cada semana, por exemplo. Assim, pode-se combater o problema e, aos poucos, recuperar a saúde e a disposição.
Referências Bibliográficas
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2014/01/dormir-mal-acelera-o-crescimento-do-cancer-sugere-estudo-4401560.html
http://saude.ig.com.br/minhasaude/seu-problema-e-sono/n1596821700422.html
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2014/03/dormir-pouco-pode-prejudicar-o-coracao-4433296.html
http://www.minhavida.com.br/bem-estar/galerias/17282-uma-noite-mal-dormida-ja-traz-danos-ao-cerebro-e-apetite/3
http://saude.ig.com.br/bemestar/dormir+pouco+prejudica+a+queima+de+gordura/n1237792080483.html
Jornal PETNews - Edição: Rafael Rêgo e Abner Araújo - Revisão: Lívia Sampaio e Gleyser Guimarães
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