A história do USB
Por Gleyser Guimarães
(gleyser.bonfim.guimaraes@ccc.ufcg.edu.br)
Nesta edição, a coluna História da Computação abordará a narrativa da tecnologia USB, uma inovação que contribuiu para tornar o uso do computador mais intuitivo e impulsionou a utilização de periféricos.

A primeira versão oficial do USB surgiu em 1995, sendo desenvolvido por um consórcio de empresas conhecido por USB-IF (USB Implementers Forum) e formado pelas empresas: Intel, Compaq, Microsoft, Digital, IBM e Northern Telecom. Atualmente o USB-IF possui mais de 900 empresas associadas. No desenvolvimento inicial do projeto, o arquiteto de plataformas Ajay Bhatt, da Intel, teve grande participação, sendo considerado o co-inventor do USB.

Na época da criação do USB, Ajay Bhatt era um dos mais novos contratados da Intel e mesmo estando acostumado a trabalhar com computadores, sentia-se incomodado com a rotina de utilização de periféricos, pois apesar do avanço da tecnologia nos computadores, a instalação de periféricos ainda era bastante complexa, por exemplo: para conectar uma impressora era necessário: abrir a caixa, conectar uma série de cabos, instalar o software, dentre outros procedimentos. Era um processo muito longo e complexo para usuários comuns. Era necessário que existisse algo que simplesmente conectasse e funcionasse, assim como uma tomada elétrica.

Ajay Bhatt

O USB é uma conexão do tipo “Plug and Play” – ou "Ligar e Usar" – e que permite a fácil conexão de periféricos ao computador. O primeiro computador a sair com portas USB foi o iMac G3, da Apple, em 6 de Maio de 1998 e a versão era a 1.0. Em Setembro do mesmo ano foi lançada a versão 1.1 para corrigir alguns problemas de compatibilidade.

Conexão USB associada a utilização do aparelho Hub possibiltando maior número de conexões USB do computador

Em Abril de 2000 foi lançada a especificação do USB 2.0, que só virou padrão pela USB-IF no fim de 2001. Essa nova versão foi desenvolvida com a ajuda de mais empresas, como Hewlett-Packard, Lucent, NEC e Philips e suportava “backward compatibility” que é a possibilidade de versões 2.0 trabalharem de forma correta com versões antigas.

Durante todo esse tempo, a conexão USB evoluiu bastante. A princípio, a versão 1.0 oferecia velocidade de transmissão de até 12 megabits, ou seja, 12 milhões de bits por segundo. No ano 2000, o padrão 2.0 elevou essa velocidade para 480 megabits por segundo. Nove anos depois, as máquinas mais modernas, como os Ultrabooks, passaram a trazer o novo USB 3.0, com velocidade de 5 gigabits por segundo.

Intitulado como SuperSpeed ??USB, a versão 3.0 promete um grande salto na velocidade de transferência de dados

Enquanto a versão 2.0 permite enviar ou receber dados, a versão 3.0 possibilita fazer ambas atividades ao mesmo tempo. Isso acontece porque o modelo mais recente é full-duplex, ou seja, possui um modo de operação onde é possível transmitir e receber dados de forma simultânea. Para além, as novas portas seriais consomem menos eletricidade que o USB 2.0 e ainda são energeticamente mais eficientes. O consumo reduzido se deve pelo modo de standby que o modelo 3.0 adere quando não está sendo utilizado. Em suma: O USB 3.0 é mais veloz, possui mais qualidade e é mais econômico que a versão anterior.

O USB revolucionou a forma como lidamos com periféricos. É muito prático conectar-se com outros dispositivos apenas usando o cabo de conexão, mas será que podemos ir ainda mais longe? Será que quanto mais rápida for a conexão, teremos que ter mais fios e cabos? Ou vamos querer tudo wireless? Isso, somente o futuro poderá nos dizer, e a história continua!

O video a seguir aborda algumas informações adicionais:

REFERÊNCIAS

Matéria do portal CNN: USB inventor is tech's unlikely 'rock star'

Projeto de Sistemas Computacionais Rodolfo Jardim de Azevedo - UNICAMP

Matéria do portal Tecmundo: O que é USB?

Jornal PETNews - Edição: Rafael Rêgo - Revisão: Lívia Sampaio
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