Coluna do Egresso por Arthur Silva
Por Arthur Silva
(arthursfreire@gmail.com)
“Não existe fim para aquilo que nem começou”




Terminei o Ensino Médio em 2008 e, assim como muitos estudantes, tinha várias dúvidas sobre qual curso escolher. Entre alguns cursos da área de saúde e outros de exatas, os dois que eu via com maiores chances de prestar vestibular eram: Engenharia Elétrica e Ciência da Computação. Engenharia Elétrica por conta do meu pai, que é formado e possui mestrado no curso de Engenharia Elétrica da UFPB, que mais tarde veio a se tornar UFCG, e Ciência da Computação por conta das apresentações do curso que eu vi na escola. Pode parecer estranho, mas meu pai foi quem me incentivou a escolher Ciência da Computação.

Logo no começo do curso, passei por algumas dificuldades que ocorrem frequentemente com os feras. O costume de estudantes que vem do Ensino Médio quase me deixou doido no meu primeiro final de período. Foram várias finais, mas consegui passar em todas. Quando cheguei no segundo período, abriu seleção para o Grupo PET e por conta do meu baixo CRA (na época era CRE), que foi prejudicado por conta das finais, não pude participar da seleção. Ao final do segundo período, abriu uma seleção para bolsistas PIBIC e por conta do meu CRA, que era 6.9, também não pude tentar seleção.

A partir do terceiro período, prometi que iria fazer de tudo pra melhorar o CRA e, assim, poder participar de uma próxima seleção. Chegou o quarto período e, logo no comecinho, o PET abriu seleção pra quatro novos integrantes. Dessa vez eu estava apto a participar da seleção. Consegui entrar no Grupo PET e, durante 2 anos, vivi muitos momentos, com pessoas que fizeram do Grupo uma família e até hoje eu sinto muita falta da convivência, que ficarão guardados comigo para sempre. Além disso, aprendi no Grupo PET coisas que levo comigo e as utilizo sempre, mesmo quando o que eu estou fazendo não está relacionado à Ciência da Computação.




Ano passado (2012), quando a UFCG estava pra entrar de greve, o CNPq abriu edital pro programa Ciência sem Fronteiras e, após muito incentivo dos amigos do Grupo PET, decidi me candidatar a uma das vagas. Após uma grande correria, pois decidi me inscrever em cima da hora, tive a bolsa aprovada e passe quase 10 meses na University of Ottawa. Tive a oportunidade de melhorar bastante o meu inglês, ver como funciona o curso de Ciência da Computação em uma universidade de ponta, fazer novos, e grandes, amigos e viver uma experiência inesquecível. No final das contas, o “atraso” que iria ter pra me formar não ficou tão grande por conta da greve.

Após o retorno à Campina Grande, consegui me engajar em um projeto de pesquisa e desenvolvimento coordenado pelos professores Wilkerson Andrade e Adalberto Cajueiro no SPlab. Estou cursando o meu último período da graduação e pretendo fazer mestrado, contudo, ainda não tenho uma área definida.

Um intercâmbio é, muitas vezes, um divisor de águas na vida de várias pessoas. Entretanto, na minha, foi um pouco diferente. Esse divisor de águas foi o Grupo PET. Juntamente com os seus integrantes, o PET foi a “coisa” mais importante da minha graduação e, por isso, sempre tento ajudar de alguma forma, pois: “uma vez Petiano, sempre Petiano”. Os amigos que fiz lá são grande parte dos exemplos do que eu almejo pra meu futuro. Gostaria de deixar registrado que sou muito grato à todos que confiaram em mim.

Jornal PETNews - Edição: Rafael Rêgo - Revisão: Lívia Sampaio
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