Uma questão de “sorte”
Por Marcio Saraiva
(marciosaraivac@gmail.com)
Assim como muitos dizem, acredito que a sorte é quando a preparação se encontra com a oportunidade. O grupo PET Computação me ajudou durante o curso a ter mais momentos de sorte e a encontrar a mesma após a graduação.




Conheci o grupo PET Computação antes de ser aluno do curso de Computação na UFCG. No ano de 2006, quando ainda era aluno do 3º ano do ensino médio, participei da Olimpíada Brasileira de Informática (OBI). Nessa época já sabia que iria prestar vestibular para Ciência da Computação na UFCG.

Como queria parecer um “bom fera”, comecei a estudar Pascal (linguagem de programação do primeiro período do curso do meu tempo) e tentei ir bem nessa competição. Porém, eu só sabia programar uma simples calculadora e um termômetro que convertia graus célsius para fahrenheit, o que não me ajudou na hora de resolver problemas da OBI.

Passei entre os primeiros de 2007.2 e fiquei frequentando as primeiras semanas de aula, pois sabia que alguém ainda iria desistir do curso. Fiz isso, pois não queria me atrasar nos estudos e quando surgisse a vaga, estaria preparado. Com sorte, ingressei na turma 2007.1.

A posição no vestibular pouco importa na universidade, o importante é entrar no curso que você gosta. Atualmente, menos da metade da minha turma (na época 40 alunos) terminou o curso. Boa parte desistiu do curso e alguns ainda estão no meio do caminho.

Na graduação não era um aluno de notas muito altas, mas demostrava muito interesse nas aulas e me dedicava bastante, o que me aproximou dos professores e também me proporcionou alguns momentos que complementaram minha experiência universitária. Terminei meu curso em cinco anos, um ano a mais que a grade do curso apresenta, mas acho que cursei muito bem minha graduação e pude aproveitar melhor o tempo com diversas atividades dentro e fora da universidade.

Um fato que eu não esqueço, aconteceu no meu primeiro período, em que eu continuei com o pensamento da época de colégio – “Sou CDF e mesmo estudando de véspera, vou receber notas altas”. No entanto o resultado foi terrível! Na minha primeira prova (Cálculo 1) obtive nota 0.5 (MEIO)!!! Mas isso não me abalou...estudei bastante..., procurei os “leites”..., fui nos horários de monitoria....e no final fui reprovado! O que no momento pareceu o fim do mundo, me ajudou bastante a aprender a estudar.

No segundo período veio a primeira chance de participar do Grupo PET, mas dessa vez não participei do processo de seleção, pois não tinha o CRA mínimo para ingressar no grupo. Não tive sorte, oportunidade mais preparo.

No restante do período, me preparei, estudei e tive boas notas, também fiz alguns cursos para conhecer mais sobre computação e ajudar nas disciplinas. Assim, quando o Grupo PET enviou um e-mail para a graduação anunciando novamente vagas no grupo me senti muito sortudo.

Passei 3 anos e meio no grupo (desde o 3º período até o 10º, fim do curso), bati recorde de permanência! No terceiro período fui reprovado em Cálculo II, como no PET não é possível a permanência de integrantes com duas reprovações após o ingresso no grupo, passei 3 anos e meio preocupado com as disciplinas, notas e finais, e com a ajuda dos companheiros do grupo e a professora tutora Joseana não fui reprovado em mais nenhuma. Essa preocupação me ajudou a “absorver” melhor os conteúdos das disciplinas e encontrar utilidade no que era aprendido em sala, nas pesquisas e atividades desempenhadas.

O Grupo me proporcionou grandes experiências que muito contribuíram com minha formação, desde viagens (como por exemplo João Pessoa, Recife, Maceió e São Luis), planejamento e execução de atividades, passando por diversas atividades de pesquisa, ensino e extensão. Durante minha permanência no PET Computação fui representante discente de Campina Grande e da Paraíba dos Grupos PET, também tive a oportunidade de desenvolver pesquisas junto a vários laboratórios e fui auxiliar da disciplina de Banco de Dados II durante dois anos, área que escolhi como foco de minhas pesquisas e que hoje trabalho no mestrado.

Festa de Despedida do PET - 2008.1 - 2011.2

Acho que participar das atividades e ser membro do Grupo PET Computação é muito bom para a formação universitária, pois são poucas as chances que temos contato com a tríade ensino-pesquisa-extensão na universidade. Esse contato muda nossa forma de ver a educação no nosso país e aumenta nossa perspectiva da contribuição e da responsabilidade da carreira com a sociedade.

Atualmente, estou no segundo ano de Mestrado e faço pesquisa em Recomendação de Consultas de Banco de Dados. Carrego ainda vários ensinamentos da época de PET, como planejamento, assuntos institucionais, organização, técnicas de estudo, pesquisa e aprendizado, e sinto saudades dos companheiros formados nos trabalhos. Por isso, busco continuar a disposição para colaborar com o grupo e a graduação e sempre que posso visito a sala do PET, pois como dizemos: “uma vez Petiano, sempre Petiano.&rdquo

Jornal PETNews - Edição: Jessika Renally - Revisão: Tiaraju Smaneoto e Lívia Sampaio
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