Na madrugada do dia 06 de agosto de 2012, após 8 meses e 11 dias de viagem e 2,4 bilhões de dólares de investimento, a NASA consegue um feito histórico: colocar na superfície de Marte o mais sofisticado de todos os “jipes-robôs”, para pesquisar vestígios de antigas formas de vida no planeta “vermelho”, analisá-las e enviar dados para a Terra.

Descida da Curiostity até pousar na superfície de Marte.

Para alcançar tal feito, foi necessário empregar alta tecnologia nesse veículo espacial.

O Curiosity é um robô da dimensão de um automóvel com seis rodas que foram pensadas para se adaptarem ao solo de Marte. Pesando 899 quilos e com 3 metros de comprimento, 2,7 metros de largura e 2,2 metros de altura, ele possui dois computadores (caso um falhe, tem outro no lugar), cada um com processador RAD750 com 200 MHz, capaz de processar 400 milhões de instruções por segundo, 256 MB de memória principal RAM e 2 GB de memória flash.

Localização das câmeras na Rover Curiosity.

Além disso, possui doze câmeras no total, sensores atômicos, instrumentos de análise de amostras (SAM) etc. Para manter todo esse aparato, ele foi desenvolvido com uma bateria movida à radiação de plutônio, que converte o calor em energia e, assim, permite uma maior autossuficiência para permanecer em Marte durante 14 anos.

Primeiras imagens de Marte capturadas pela Rover Curiosity.

Acompanhando toda essa tecnologia do hardware, finalmente está o software. A equipe foi composta de 100 profissionais (começou com 30 em 2010) da NASA. De acordo com dados fornecidos em um Workshop on Spacecraft Flight Software, o código escrito em C tem 2,5 milhões de linhas colocadas em um chip embarcado no Rover.

Tal código foi aperfeiçoado de missões anteriores, das Rovers Spirit e Opportunity e adaptado especificamente para o hardware da Curiosity.

Os testes foram feitos usando scripts python para análise dos logs gerados pela Rover.

Logs gerados pela RoverRover Curiosity.

Disponibilizada em 2009, por um dos cientistas da NASA, esta apresentação mostra um pouco da complexidade do software. A NASA também disponibilizou parte do código das Ravers em seu diretório no Github.

A NASA agora planeja atualizar remotamente (e põe remoto nisso) o sistema responsável por projeção da entrada, descida e pouso do veículo por um que aumente o desempenho da exploração.

O investimento foi considerado alto, mas, não mais que a expectativa de sucesso no projeto. Tudo com o objetivo de desvendar o que, no espaço, ainda é um mistério para a humanidade.

Mais detalhes da missão:

NASA.