História da Computação nas Nuvens
Por Mayza Nunes
(mayzabeel@gmail.com)
Computação nas nuvens deixou de ser novidade no mundo da Computação e passou a ser tendência. Esse modelo de computação oferece flexibilidade, portabilidade e usabilidade ao homem moderno. A história da computação está sendo modificada e essa tecnologia veio para ficar. Vamos conhecer um pouco como ela surgiu.
Joseph Carl

A principal funcionalidade da Computação em nuvem é a utilização de recursos computacionais por meio da internet, e essa ideia não é tão recente como muitos pensam. Por incrível que pareça, a ideia já existia em 1960, com Joseph Carl Robnett Licklider.

Joseph Carl foi um dos desenvolvedores da ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network), o antecessor direto da internet, que tinha o objetivo de interligar as bases militares e os departamentos de pesquisa do governo americano. Nesse período, Joseph já imaginava uma rede de computadores intergaláctica em que todos estariam conectados acessando programas e dados de qualquer lugar.

John McCarthy

Ainda na década de 1960, John McCarthy, um importante americano pesquisador da área da informática e também um dos pioneiros da inteligência artificial, propôs a ideia de que a computação deveria ser organizada na forma de um serviço de utilidade pública,assim como os serviços de água e energia, em que os usuários só pagam pelo que usam, como acontece hoje nesse novo modelo de computação.

Mesmo com a existência dessas ideias há tanto tempo,o termo computação em nuvem só veio a ser mencionado em 1997, numa palestra acadêmica do professor de sistemas da informação Ramnath Chellappa, e só foi desenvolvida no ano de 1999 com o surgimento da Salesforce.com , primeira empresa a disponibilizar aplicações na internet. A partir do sucesso dessa empresa, outras grandes começaram a investir na área, como a Amazon, a Google, a IBM e a Microsoft.

O esqueleto para o que conhecemos hoje como Computação em Nuvem, nasceu com os sistemas distribuídos, caracterizados por serem um conjunto de unidades de processamento independentes, que, por meio da troca de comunicação e gerenciamento de sincronização, pode processar uma aplicação em diferentes localidades, de forma transparente para o usuário, ou seja, o usuário da aplicação vê apenas o todo. A computação em nuvem vai além disso, trata-se de um formato de computação a partir do qual aplicativos, serviços , dados e recursos de TI são disponibilizados aos usuários como serviço, por meio da internet. Alguns exemplos de empresas que usam esse modelo computacional são o DropBox, Gmail, Gol Linhas Aerias, Hotmail, Peixe Urbano e Facebook.

Não é mais necessário, para algumas empresas, ter supercomputadores, pois o poder de processamento e os dados ficam nas nuvens. Só precisamos de dispositivos que nos dêem acesso a esses recursos. Dispositivos estes que consequentemente são mais baratos e possuem uma maior portabilidade e flexibilidade, como smartphones, tablets e netbooks. Só precisamos agora de dispositivos de entrada e saída e acesso à internet.

Conexões na Nuvem.

Os supercomputadores serão usados somente por aqueles que realmente precisam desse tipo de máquina, o que não é o caso da maioria das pessoas. O mundo está informatizado e conectado, a atenção está voltada ao que há de mais prático e veloz. Com a computação em nuvem, tudo isso é possível: versatilidade, segurança, rapidez e disponibilidade. Os usuários têm a possibilidade de acessar os seus arquivos pessoais de qualquer lugar, assim como poderão editá-los, compartilhá-los e salvá-los.

A computação em nuvem chegou para ficar, e está modificando a história da computação, assim como a maneira como as pessoas se conectam. Agora, os nossos arquivos estão sempre disponíveis e só é preciso um dispositivo com acesso à internet para desfrutar de todos os serviços da nuvem.

Jornal PETNews - Edição: Jeymisson Oliveira - Revisão: Iago Araújo e Joseana Fechine
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