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![]() ![]() Entrevista com Joseana Macêdo Fechine Régis de Araújo, professora Doutora do Departamento de Sistemas e Computação (DSC/CEEI/UFCG).
![]() Por Savyo Igor da Nóbrega Santos(savyo.santos@ccc.ufcg.edu.br)
Na entrevista deste mês, a professora Joseana Fechine conta as experiências e como foram os 8 anos em que esteve a frente do Grupo PET Computação como tutora.
Grupo PET - Olá, Joseana. Primeiramente, conte-nos sobre sua formação. ![]() Joseana Fechine.
Joseana - Olá. Primeiro, gostaria de dizer que eu imaginava um dia participar da entrevista, sabia que iria me emocionar. Mas, quando a hora chega, é muito mais do que eu esperava. Bem, agora, vamos iniciar as perguntas e respostas. Fiz graduação em Engenharia Elétrica na Universidade Federal da Paraíba (atualmente, UFCG), aqui em Campina Grande. Ao final do curso, fiz estágio na Elebra (atualmente, Telecom), em Campinas, São Paulo. Após retornar, ingressei no mestrado em Engenharia Elétrica e, posteriormente, Doutorado em Engenharia Elétrica, também na UFPB. O tema da minha pós-graduação está inserido na área de Processamento da Informação do Curso de Pós-graduação em Engenharia Elétrica da UFCG e, mais especificamente, no âmbito do Processamento Digital de Sinais de Voz. Após a conclusão do mestrado (1994), ingressei na Universidade Estadual da Paraíba, em Campina Grande, como professora visitante do Departamento de Matemática e Estatística, do Centro de Ciências e Tecnologia. Posteriormente, lecionei no Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), em João Pessoa, no curso de Graduação em Ciência da Computação. Após a conclusão do doutorado (2000), fui contratada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), em Recife, para lecionar no Curso de Graduação em Ciência da Computação. Permaneci na UNICAP até meados de 2002. No início do segundo semestre de 2002 (este ano fez uma década!), ingressei na Universidade Federal de Campina Grande, no Departamento de Sistemas e Computação, DSC (atualmente, Unidade Acadêmica de Sistemas e Computação). Em linhas gerais, esta foi a minha trajetória até retornar à UFCG, ingressando como discente e, realizando um sonho, retornando como membro do seu quadro docente. Grupo PET - Como surgiu o interesse em participar do PET? Joseana - Na época em que eu era aluna de pós-graduação, conheci um pouco do grupo PET Elétrica, pois o meu orientador, Prof. Dr. Benedito Guimarães Aguiar Neto, era tutor do grupo. Uma das petianas, Sissi Alves, participou da minha pesquisa. Quando ingressei no DSC (julho de 2002), eu já conhecia a tutora do grupo, a Professora Francilene Procópio Garcia, e tive a oportunidade de conhecer alguns petianos e o trabalho do grupo PET Computação, o que despertou o meu interesse pelas atividades desenvolvidas pelo grupo e pelos objetivos do programa. Mas, até então, não imaginava que em um futuro próximo ingressaria no grupo. Grupo PET - Quando a senhora entrou para o grupo? Como foi o processo de seleção? Joseana - Ao final do primeiro semestre de 2004, eu já conhecia mais um pouco do trabalho do grupo. Em agosto de 2004, os integrantes do grupo e a tutora me convidaram para ser a nova tutora. Eu fiquei bastante lisonjeada e também assustada com a dimensão da tutoria, as responsabilidades do cargo e a minha inexperiência, considerando que nunca havia vivenciado a coordenação de um grupo composto por 12 alunos e com atuação nos fundamentos da tríade de uma universidade, a saber: o ensino, a pesquisa e a extensão. Em se tratando do processo de seleção, este foi bastante simples. Naquela época, não havia a exigência de um processo seletivo formal. Assim, fui convidada pelos petianos e pela tutora e me tornei tutora do Grupo PET Computação. Grupo PET - Como foi a primeira reunião a frente dos petianos? Como eles reagiram? Joseana - A primeira reunião, quanto tempo (passou muito rápido). A recepção não poderia ser mais calorosa. Antes da primeira reunião com o grupo, conversei bastante com a professora Francilene para conhecer um pouco mais da filosofia do grupo e também com o Prof. Benedito Guimarães Aguiar Neto, que me incentivou bastante e já tinha bastante experiência, dado o seu tempo de tutoria no Grupo PET Elétrica. Todos os petianos foram bastante receptivos, me presentearam com a chave da sala do PET, simbolizando o meu ingresso, e com a característica marcante do grupo, rapidamente me deixaram bastante à vontade e, em seguida, já tínhamos muito a organizar, muitas decisões a tomar, ou seja, tudo no ritmo de sempre do PET. Grupo PET - Durante esses 8 anos na tutoria do PET Computação, muitas atividades foram realizadas para ajudar na melhoria do Curso de Graduação em Ciência da Computação da UFCG. Ao seu ver, qual a importância do PET junto à graduação? Joseana - Durante esses oito anos, tive a oportunidade de vivenciar muitas experiências junto ao PET. Entendo que o grande desafio do programa é atuar na tríade ensino, pesquisa e extensão, independente da área de atuação do grupo (Ciências Exatas e da Natureza, Tecnologia, Ciências Humanas ou Saúde). Muitas atividades já desenvolvidas pelo grupo, desde a sua criação em abril de 1992 (20 anos), continuam sendo realizadas, são atualizadas e marcam a identidade do grupo (a exemplo das pesquisas individuais, recepção aos calouros, seminários, jornal PETNews, dentre outras). Outras atividades foram criadas (pesquisas coletivas, workshop de pesquisas do grupo, parcerias com outros grupos PET e outras instituições, o que busca fortalecer também as atividades de extensão do grupo). Acredito que as atividades desenvolvidas ou apoiadas pelo grupo PET Computação proporcionam benefícios aos petianos, à medida que fortalecem a atuação desses no âmbito da pesquisa, com a colaboração efetiva dos professores do DSC, bem como no âmbito do ensino, com a experiência proporcionada a partir da apresentação de seminários, palestras, oficinas, dentre outros e, tão importante quanto às demais, a participação em atividades voltadas a atender um público externo à universidade, por meio das atividades de extensão. Porém, proporcionar benefícios apenas aos petianos representaria um impacto significativo na formação de alguns alunos e o objetivo do PET é expandir a sua atuação para toda a graduação. Vejo o impacto na formação dos petianos como um mecanismo multiplicador da atuação do programa e, mais ainda, vejo que as atividades do grupo de caráter mais abrangente proporcionam contribuições significativas para os demais alunos da graduação, com impacto direto tanto para os ingressantes do curso (a exemplo da Semana do Fera) quanto para os concluintes (Caderno de Questões Comentadas do POSCOMP). Porém, no âmbito de um curso de Ciência da Computação, tão bem conceituado como o da UFCG, muitas são as oportunidades que surgem para os graduandos, além do PET (a exemplo de PIBIC, P&D, dentre outros) e, assim, alguns alunos, pela sua pouca vivência compreendem, inicialmente, que a universidade além da sala de aula, se sustenta apenas no pilar da pesquisa. Dessa forma, alguns têm dificuldade para entender a filosofia e a importância do PET para a graduação e isso não é fato apenas na UFCG, vejo isso em outras instituições do país que possuem grupos PET. Diante do exposto, torna-se objetivo também do PET promover a sua divulgação e destacar a importância dos pilares do grupo no âmbito de um curso de graduação, em especial, da área da computação e fortalecer a interação e integração com os corpos docente e discente do curso, de forma a viabilizar a proposição e realização de atividades que estejam mais estreitamente relacionadas aos interesses dos que fazem o curso. ![]() Semana do Fera - 2011 (esquerda) e Semana Acadêmica - 2012 (direita).
Grupo PET - A senhora, atualmente, faz parte do CLA (Comissão Local de Acompanhamento) e da Câmara Superior de Ensino, da mesma forma que já participou de outras comissões nesse tempo de PET. Qual foi a importância delas na sua formação? Joseana - A minha profissão, professora do ensino superior, me proporciona atuar, inicialmente, em sala de aula (graduação e pós-graduação) e em pesquisa. Mas, a atuação do professor vai além disso. Como tutora do PET, fortaleci também a minha atuação no âmbito da extensão. Como membro do CLA, conheci melhor os outros grupos PET da instituição, a atuação da Pró-Reitoria de Ensino no contexto do PET, outros cursos que desejam fazer parte do PET, ou seja, pude atuar não apenas no Grupo PET Computação, mas acompanhar o programa na UFCG. A minha participação no CLA da UFCG me proporcionou também convites para ministrar palestras em eventos relacionados ao PET, no âmbito regional e nacional. Além disso, a experiência do CLA foi muito importante para a minha participação em comissão nacional de avaliação de grupos PET. Em se tratando da Câmara Superior de Ensino, essa também é uma experiência valiosa para um professor, pois proporciona vivenciar questões relacionadas às solicitações de alunos que fogem da regulamentação de ensino da UFCG. A cada processo com o qual nos deparamos, precisamos agir buscando sempre o equilíbrio entre as normas da instituição e as necessidades dos alunos. Além dos benefícios já destacados, a participação no CLA, na Câmara e em outros órgãos deliberativos da UFCG me proporcionou também construir novas amizades, fortalecer outras já existentes, aprender a ouvir e procurar aceitar o posicionamento daqueles que não concordam comigo e, acima de tudo, fortalecer o meu senso de justiça. Grupo PET - De 2004 pra cá, foram muitos os momentos vividos como tutora do grupo, mas algum deles deve ter sido o melhor ou inesquecível. A senhora poderia relatar quando e qual foi ele? Joseana - Imagine ao longo de oito anos, quantos momentos inesquecíveis eu vivi. Não conseguiria escolher um momento apenas, foram muitos e cada um com características especiais. Desde o início, já vivenciei um momento muito especial, o convite para a tutoria do grupo. Outro aspecto importante é que no PET, não vivenciei apenas o papel de professora tutora, mas acredito que construí muitos amigos, compartilhei muitos momentos especiais com os petianos, não apenas relacionados ao âmbito institucional, mas à vida pessoal. Vi petianos ingressando e concluindo o curso, nos confraternizamos a cada fim de ano (sempre de uma forma inusitada, lembro muito bem de “patricinha do rock”, “branca de neve”, “a madrasta da cinderela” e muitas outras fantasias com as quais me vesti. Lembro muito bem também da fantasia de todos, todos imbuídos em promover a melhor festa), nos despedimos (sempre com alguma surpresa), compartilhamos com as suas famílias o momento especial da formatura, dividimos as expectativas das aprovações de trabalhos, processos seletivos internos (o que não é uma tarefa fácil, mas com um resultado muito gratificante), para pós-graduação e para concursos. Tivemos a oportunidade de realizar o evento “PET 15 Anos” que contou com a participação dos tutores egressos, petianos atuais e agressos, um grande momento de confraternização e de divulgação das atividades do grupo. Atualmente, vivemos um outro ano importante, no qual festejamos os 20 anos de criação do grupo. Comemoramos juntos o sucesso de muitas atividades, reavaliamos o que não deu certo em outras, discutimos os pontos positivos e negativos da atuação coletiva do grupo e de cada petiano (inclusive da tutora), ao final de cada semestre letivo, o que nos fez aprender muito a ouvir e não apenas a falar. Compartilhamos muitos aniversários (o grupo sempre me proporcionou grandes surpresas, momentos inesquecíveis, que são presentes que guardarei por toda a minha vida). Vi muitos petianos iniciarem namoros, noivados e até casamentos (inclusive o meu, um momento tão importante da minha vida). O PET me proporcionou também participar de todos os eventos locais e estaduais promovidos pelo programa. Além disso, participei também de quase todos os eventos regionais e nacionais, ENEPET e ENAPET, respectivamente, o que me possibilitou conhecer a realidade dos grupos de todo o país, compartilhar novas experiências com os petianos e com outros tutores e, aliado a isso, conhecer boa parte do país (de norte a sul). Foram muitos os momentos especiais vividos, eu não conseguiria elencar apenas um, não seria justo com tudo que o Grupo PET Computação me proporcionou. ![]() PET 15 anos - 2007 (esquerda) e apresentação durante o VI ENEPET em Recife/PE - 2007 (direita).
Grupo PET - Afinal, o que essa experiência contribuiu na sua formação pessoal e profissional? Joseana - Conforme já destaquei várias vezes, participar do PET é uma oportunidade única que deveria ser vivenciada por todo professor que deseja atuar no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão e com um grupo bastante diversificado de alunos (no mínimo, 12 integrantes). Quando ingressei no grupo PET Computação em 2004, o programa vivenciava um momento difícil, quando todas as bolsas estavam suspensas (de petianos e de tutores). Mas, este fato não mudava em nada o dia a dia dos petianos de computação, que trabalhavam independente dos atrasos das bolsas. Esse foi um aspecto que me “saltou os olhos”, o entendimento de todos sobre a importância da manutenção do programa e, mais especificamente, do grupo. Assim, trabalhávamos executando o que fora planejado, mesmo diante das dificuldades provenientes da ausência da bolsa, fato que já me proporcionou um grande aprendizado sobre a responsabilidade de um trabalho coletivo. Ao final do mesmo ano, o governo regularizou a situação e o PET pode dar prosseguimento, de forma tranquila, às atividades que fundamentam o programa. Após alguns anos, o governo elaborou uma portaria que regulamentaria o PET. Nesta portaria, o governo determina que a permanência máxima de um tutor, seria de três anos renovável por igual período. Posteriormente, devido a protestos, o governo determina que a tutoria poderia ser renovada por iguais períodos. O meu entendimento é de que o tutor deve permanecer no grupo por, no máximo, seis anos. Pensando dessa forma, após seis anos de permanência no grupo, iniciamos os contatos na busca por um novo tutor. Esse meu entendimento sobre a tutoria, também foi um aprendizado, entender que existe um tempo limitado para tudo, por mais que eu me identifique com o trabalho realizado. Além dos aspectos que destaquei, esse período de permanência no PET me proporcionou estudar outras áreas da computação, diante da necessidade de acompanhar, avaliar e participar das atividades do grupo, me proporcionou também um grande aprendizado sobre uma gestão colegiada, buscando o equilíbrio na tomada de decisões e na função de um tutor. Tive que ter muito cuidado para não impor ao grupo o meu perfil, o que não foi fácil e sei que por vezes acabou acontecendo. Tenho consciência também das minhas limitações e dos seus efeitos na tutoria do grupo. Mas, busquei sempre atuar da melhor forma possível. Destaco, mais uma vez, outro aspecto muito importante, as amizades conquistadas ao longo desses oito anos, com os petianos egressos (foram muitos!!!), petianos atuais, tutores (locais e fora da UFCG) e membros da PRE envolvidos com o PET. Certamente, o PET me proporcionou muito aprendizado pessoal e profissional e, tenho a certeza de que foram, são e serão muito importantes para a minha atuação profissional e para a minha vida pessoal. ![]() InterPET - 2006 (esquerda) e X ENEPET, em Maceió/AL - 2011 (direita).
Grupo PET - Quais serão os seus próximos projetos na UFCG? Joseana - Ao longo desta década no DSC/UFCG tive a oportunidade de realizar várias atividades, algumas no âmbito do PET, com as quais me identifico bastante (ministrar aulas, atuar em pesquisa, orientar trabalhos, coordenar o Laboratório de Inteligência Artificial (LIA), participar de comissões e buscar fortalecer a integração universidade-sociedade). Além de continuar atuando na maioria dessas atividades, estou coordenando dois projetos de pesquisa e desenvolvimento, uma parceria entre o LAD (Laboratório de Arquiteturas Dedicadas) e o LIA, culminando no BELADIA (Laboratório de Pesquisas em Bioenergia, Arquiteturas Dedicadas e Inteligência Artificial), atuando em parceria com a Borborema Energética S.A. (termoelétrica instalada em Campina Grande). Os projetos denominam-se GASIS (GASes Intelligent Sensing) e REPARAI (REPair over AiR using Artificial Intelligence). Em breve, divulgaremos mais informações sobre esses projetos. Grupo PET - E o PET Computação pós Joseana? O que você espera e deseja para o grupo? Joseana - Desejo muito sucesso à nova tutora, a Professora Lívia Sampaio que com a sua competência profissional e forma de lidar com alunos e professores, se identificará com o perfil atual do programa e terá uma grande sinergia com os petianos. Vale lembrar, que a professora também foi petiana na época em que o grupo era coordenado pela sua primeira tutora, a professora Maria de Fátima Câmelo e se denominava Programa Especial de Treinamento. Desejo que o grupo (tutora e petianos) mantenha uma das suas marcas características, atuar de forma efetiva em todos os eventos promovidos pelo programa (Reuniões de Tutores e InterPET, Fórum Paraibano dos Grupos PET, ENEPET e ENAPET). Desejo que as ações do grupo possam ecoar ainda mais fortemente na graduação. Espero que o grupo fortaleça as atividades já desenvolvidas, adequando-as e atualizando-as em função da realidade vivenciada pelo curso, a exemplo de uma nova atividade que está sendo iniciada, o apoio à produção de aulas em vídeo, iniciativa do Prof. Jacques Philippe Sauvé (também tutor egresso do Grupo PET Computação). Novas atividades serão criadas e o grupo viverá um novo momento, a exemplo do que ocorreu quando do meu ingresso e, certamente, esse novo momento fortalecerá os três pilares de “sustentação” de um grupo PET. Grupo PET - Joseana, muito obrigado pela sua entrevista. Sei que ainda não é o momento certo, mas o PET Computação agradece à senhora por tudo que fez na tutoria do grupo, por torná-lo o que é hoje e por sempre acreditar que é possível realizar as coisas. Joseana - Sou eu quem agradece a oportunidade que me foi dada pelos petianos atuais e pelos muitos egressos que participaram do grupo ao longo de tantos anos, com os quais aprendi e aprendo muito. Agradeço também aos tutores egressos do grupo, em especial, à professora Francilene Garcia. Agradeço ao DSC (professores e funcionários, em especial àqueles mais estreitamente relacionados às atividades do PET, aos orientadores das pesquisas dos petianos e aos coordenadores do curso) e à UFCG pela possibilidade de participar do Programa de Educação Tutorial durante oito anos, o que possibilita a um professor e aos alunos vivenciar uma experiência ímpar. Foi muito difícil saber a hora de me despedir do PET, foi difícil não dizer “só mais um slide”. Obrigada! Jornal PETNews - Edição: Jessika Renally - Revisão: Tiaraju Smaneoto e Joseana Fechine
Grupo PET Computação UFCG, 2012. All rights reserved. |
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