Não é de
hoje que sabemos que a programação da televisão
brasileira se transformou em um “vale-tudo”, onde, realmente
vale qualquer coisa para ganhar pontos no Ibope sem que haja a menor
preocupação em respeitar as leis da ética na
televisão.
Infelizmente,
as emissoras que mais atingem a massa populacional são
as que mais produzem matérias sensacionalistas, voltadas
para os interesses particulares e econômicos de alguns grupos
que utilizam o poder da televisão para enganar quem
assiste. O telespectador, sem acesso a uma comunicação
alternativa, acaba sendo enganado com produções que
ferem a ética, a cidadania e os lares e tudo é visto
como se fosse verdade.
E devido a todo esse declínio cultural que presenciamos todos
os dias em nossos lares, foi criado um projeto de lei que visa melhorar
a qualidade da TV brasileira com o objetivo de oferecer aos telespectadores
alternativas de informação, cultura e lazer que respeitem
a privacidade e protejam os Direitos Humanos. O projeto prevê
a criação de uma Comissão Nacional Pela Ética
na Televisão(CNPET) que terá a atribuição
de recolher e processar administrativamente queixas quanto à
programação da TV encaminhadas pelos cidadãos,
por intermédio de qualquer entidade civil regularmente constituída.
O projeto regula temas como a isenção e a exatidão
da comunicação, estabelece normas de respeito à
privacidade e à dignidade das pessoas, introduz normas de
proteção às crianças e adolescentes,
trata da violência e da sexualidade na TV, aborda a questão
dos estereótipos na comunicação, o tratamento
conferido ao uso de drogas, às cenas de suicídio e
execuções, entre outros temas polêmicos.Uma
das sanções previstas às emissoras que não
cumprirem o código de ética é a suspensão
de toda a programação por até 30 horas.
Esperamos, ansiosamente, que esta lei seja sancionada para
podermos mudar a mentalidade de antes de desligarmos a TV e nos
omitir da leitura crítica, analisar quem é o patrocinador
daquele programa e, daí sim, abrir uma campanha contra o
consumo dos produtos associados a baixaria, já que “quem
financia a baixaria é contra a cidadania”.
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