Outubro 2003
   

Ética na Televisão
No caos em que se encontra a TV brasileira, é criado um projeto de lei que defende a ética na televisão


       Não é de hoje que sabemos que a programação da televisão brasileira se transformou em  um “vale-tudo”, onde, realmente vale qualquer coisa para ganhar pontos no Ibope sem que haja a menor preocupação em respeitar as leis da ética na televisão.
 
       Infelizmente, as emissoras que mais  atingem a massa populacional são as que mais produzem matérias sensacionalistas, voltadas para os interesses particulares e econômicos de alguns grupos que  utilizam o poder da televisão para enganar quem assiste. O telespectador, sem acesso a uma comunicação alternativa, acaba sendo enganado com produções que ferem a ética, a cidadania e os lares e tudo é visto como se fosse verdade. 
       E devido a todo esse declínio cultural que presenciamos todos os dias em nossos lares, foi criado um projeto de lei que visa melhorar a qualidade da TV brasileira com o objetivo de oferecer aos telespectadores alternativas de informação, cultura e lazer que respeitem a privacidade e protejam os Direitos Humanos. O projeto prevê a criação de uma Comissão Nacional Pela Ética na Televisão(CNPET) que terá a atribuição de recolher e processar administrativamente queixas quanto à programação da TV encaminhadas pelos cidadãos, por intermédio de qualquer entidade civil regularmente constituída. O projeto regula temas como a isenção e a exatidão da comunicação, estabelece normas de respeito à privacidade e à dignidade das pessoas, introduz normas de proteção às crianças e adolescentes, trata da violência e da sexualidade na TV, aborda a questão dos estereótipos na comunicação, o tratamento conferido ao uso de drogas, às cenas de suicídio e execuções, entre outros temas polêmicos.Uma das sanções previstas às emissoras que não cumprirem o código de ética é  a suspensão de toda a programação por até 30 horas. 
       Esperamos, ansiosamente,  que esta lei seja sancionada para podermos mudar a mentalidade de antes de desligarmos a TV e nos omitir da leitura crítica, analisar quem é o patrocinador daquele programa e, daí sim, abrir uma campanha contra o consumo dos produtos associados a baixaria, já que “quem financia a baixaria é contra a cidadania”. 


Por Ianna Kobayashi
 
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