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Por Diogo Anderson
(diogoaos@gmail.com)
A minha primeira visão (ainda um pouco superficial e turbulenta) pós-graduação sobre a graduação.

Faz pouco mais de um ano que eu não estou mais na graduação. Quando penso nos anos que passei em Computação, inevitavelmente penso nas escolhas que fiz. Porque foram as escolhas que definiram o caminho pelo qual percorri.

Temos que tomar muitas decisões, todos os dias, durante a graduação (e durante a vida). Fazendo uma analogia ao desenvolvimento de software, somos clientes e implementadores de um mesmo projeto: nós mesmos.

Para fazer qualquer projeto, inicialmente, precisamos ter objetivos. Acredito que os objetivos, como os requisitos, devem existir desde o início para, sobre eles, fazermos nossas escolhas seguintes (vale ressaltar que os próprios objetivos são escolhas).

Não adianta ter escolhas sem ações. Depois de decidir o que queremos fazer, temos que fazer. Minha experiência (agora estou falando das ações e trabalhos na graduação) é de que as pessoas não esperam que façamos algo extraordinário, mas sim que nos esforcemos e façamos um trabalho de qualidade, mesmo que simples. A maioria das vezes subvalorizamos nossa própria capacidade e qualidade do nosso trabalho (não devemos decidir que nosso trabalho está ruim, deixe para o cliente fazer isso).

Apesar de que é fazendo que se erra, não é possível acertar sem fazer. E o não fazer tem geralmente um efeito mais nefasto, por causa de um outro fator envolvido na vida de uma pessoa: o tempo.

O tempo não espera que façamos ou executemos nossas escolhas. A não ser que viajemos a uma velocidade próxima à da luz, o tempo passa independentemente das ações que tomamos. O arrependimento surge quando o tempo passa e não nos aproximamos dos nossos objetivos, seja porque as escolhas que fizemos não foram no mesmo sentido ou porque não agimos.

Assim como o primeiro desejo ao encontrar uma lâmpada mágica geralmente é “mais desejos”, vejo a universidade como um meio de criar oportunidades. O conhecimento adquirido permite que possamos fazer coisas que antes não podíamos. Aproveitar ou não essa chance de adquirir conhecimento é uma decisão que cabe a todo graduando.



Diogo foi integrante do Grupo PET Computação da UFCG de julho de 2007 a julho de 2010, permanecendo no grupo até a conclusão do curso. Em 2009, acertou 64 das 70 questões do POSCOMP (máximo daquele ano). Em 2011, foi medalha de ouro da Maratona de Programação junto com Phyllipe César e Felipe Abella, alunos do curso de Graduação em Ciência da Computação da UFCG.

Jornal PETNews - Edição: Caio Paes - Revisão: Janderson Jason e Joseana Fechine
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