No mundo das Nuvens
Por Leonardo Alves
(leonardo.santos@ccc.ufcg.edu.br)
Mas o que é essa “nuvem” que está prometendo tanto para o futuro? Quando ela surgiu? Embora o termo “nuvem” esteja em alta, muitas vezes nos fazemos essas perguntas.

Recentemente, a empresa de consultoria tecnológica IDC (International Data Corporation) publicou um relatório que mostra que a computação nas nuvens criará cerca de 13,8 milhões de empregos em todo o mundo e que a maior parte dessas vagas estaria na Ásia. Contudo, o Brasil também será beneficiado com esse crescimento. Segundo o estudo Cloud Computing's Role in Job Creation, encomendado pela Microsoft, em 2015, o Brasil será a primeira fonte de trabalho associada à nuvem da América Latina. Mas, o que seria essa “nuvem” que promete tanto para o futuro?

O termo Computação nas Nuvens ou Clouding Computer surgiu, de acordo com Rydleweski [1]1[b], em 1961, a partir de uma ideia de John McCarthy, professor e especialista em Inteligência Artificial do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que sugeriu o surgimento de um novo tipo de computação que se comportasse como um serviço, aos moldes dos serviços de distribuição de energia elétrica.

Com o advento da Internet e da WEB 2.02, esse conceito passou a ser usado para designar um conjunto de serviços oferecidos por meio da Web. Esses serviços são executados em diversos servidores, dando mobilidade ao cliente, pois eles podem acessá-los dos mais distintos locais, sendo necessário apenas estar conectado na Web.

Uma vantagem que essa nova forma de computação traz é, além da mobilidade, a redução de custo para montar grandes sistemas nos diversos tipos de empresas, pois agora não é mais necessário que uma empresa compre computadores e servidores com alto poder de processamento para usar seus sistemas. Com o conceito de Computação nas Nuvens, basta apenas que os computadores tenham a simples capacidade de executar um browser.

O serviço de computação nas nuvens é oferecido por empresas que cedem serviços como aplicações, armazenamento de aplicações (para que as empresas possam colocar seus sistemas internos), por um determinado preço. O valor cobrado para que esse serviço se mantenha na “nuvem” sai muito mais em conta para a empresa do que se ela tivesse que compra um equipamento com poder de processamento suficiente para realizar a mesma tarefa.

Com isso, espera-se que os computadores no futuro, com o crescimento dos serviços nas nuvens, custem menos, pois como a maior parte dos serviços seria encontrada nas nuvens, eles não precisariam de tanto poder computacional, o que levaria a essa redução nos preços.

Agora, é esperar para ver que mudanças essa migração para as nuvens nos trará nos próximos anos e vivenciar os seus benefícios de mobilidade e barateamento de custos.

Jornal PETNews - Edição: Jeymisson Oliveira - Revisão: Savyo Igor e Joseana Fechine
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