A vida é cheia de escolhas
Por Mariana Romão
(mari.ufcg@gmail.com)
Parei para fazer as contas agora e já são 4 anos desde que me formei e, consequentemente, saí do PET. Participei do grupo desde o segundo período da graduação até o último e tenho esse tempo como um fator decisivo para minha carreira.




Quando entrei na universidade, em 2005, mal sabia o que iria estudar no curso de Ciência da Computação e muito menos com o que eu iria trabalhar quando me formasse. Sabia que envolveria computadores e era só. Podia ter dado bem errado, mas deu certo e de algum modo encontrei meu lugar em meio aos algoritmos, diagramas, teorias, 0s e 1s. Logo no segundo período tive a oportunidade de entrar no PET e me deparei com um grupo de pessoas muito bem articuladas, de opiniões fortes e que eu achava tão diferentes de mim. Sempre fui muito tímida e me posicionar em meio às discussões e atividades do PET foi um desafio no início, mas aos poucos fui aprendendo a vencer a timidez e hoje posso dizer que ela não me atrapalha, embora ainda exista.

No finalzinho da graduação tive a oportunidade de trabalhar com o professor Dalton Serey como meu orientador de estágio, disciplina na qual nós projetamos e desenvolvemos o Hoopaloo, uma ferramenta que executava testes de unidade em programas Python (talvez alguns de vocês já tenham escutado o nome Hoopaloo e talvez até usado a ferramenta no primeiro período há algum tempo atrás). A partir deste trabalho e das várias conversas e ideias do professor Dalton, decidi me inscrever para ser sua aluna no mestrado. Fui aprovada e em março de 2009, após a graduação e a saída do PET, iniciei esta nova etapa.

No finalzinho da graduação tive a oportunidade de trabalhar com o professor Dalton Serey como meu orientador de estágio, disciplina na qual nós projetamos e desenvolvemos o Hoopaloo, uma ferramenta que executava testes de unidade em programas Python (talvez alguns de vocês já tenham escutado o nome Hoopaloo e talvez até usado a ferramenta no primeiro período há algum tempo atrás). A partir deste trabalho e das várias conversas e ideias do professor Dalton, decidi me inscrever para ser sua aluna no mestrado. Fui aprovada e em março de 2009, após a graduação e a saída do PET, iniciei esta nova etapa.

Optei pelo mestrado, enquanto outros colegas haviam optado pelo mercado de trabalho, porque, principalmente devido à influência do PET, eu queria seguir carreira acadêmica. Meu trabalho foi sobre a Educação à Distância no ensino de programação para iniciantes, cujos resultados foram baseados em dois cursos de programação, à distância, realizados entre setembro de 2009 e julho de 2010, contando com a participação de 82 alunos e cerca de 10 tutores voluntários (alunos do curso de Ciência da Computação).

Defendi o mestrado em abril de 2011 e nessa época já estava trabalhando no projeto e-Pol do Laboratório de Práticas de Software (SPLab) a convite dos professores Dalton e Franklin. O e-Pol foi mais um desafio porque me vi atuando como analista de sistemas e como gerente de projetos, papéis que eu não havia exercido até então. Tive a oportunidade de liderar uma equipe com 15 desenvolvedores, alocados em Campina Grande (UFCG) e Natal (IFPB), acompanhar cronogramas, definir atividades, fazer especificação de requisitos, participar de reuniões para coleta de requisitos, entre outras tantas atividades.

Após um ano e meio no e-Pol, me dei conta de que a carreira acadêmica não era minha única opção e isso me motivou a buscar algo que eu sempre quis: trabalhar fora de Campina Grande. Para encurtar conversa, distribuí meu currículo para um sem-número de lugares até que fui chamada por uma empresa de Florianópolis para participar de um processo de seleção. No espaço de um mês e meio, aproximadamente, fiz provas e entrevista via Skype e, depois, desembarquei em Floripa para iniciar mais uma etapa. Já estou aqui há 10 meses (como passa rápido!) e trabalho como analista de sistemas responsável por três clientes beeem grandes no projeto em que atuo. Aplico boa parte do que aprendi/vivi no e-Pol, competências que desenvolvi ao longo do meu tempo de PET e conhecimentos que adquiri na graduação. Apesar dos momentos de estresse em que quero voltar correndo para o colo da minha mãe, quando tudo dá certo paro e penso “Eu adoro o meu trabalho!”.

O curso, o PET, o mestrado, o e-Pol... tudo contribuiu para eu descobrir que é possível me realizar profissionalmente atuando em uma carreira diferente da que eu havia idealizado inicialmente e acredito que essas mudanças são normais, são parte do processo de crescer, de se arriscar, se encontrar, explorar as possibilidades. Mas o doutorado e a carreira acadêmica talvez ainda estejam nos meus planos, quem sabe...

Jornal PETNews - Edição: Jessika Renally - Revisão: Tiaraju Smaneoto e Lívia Sampaio
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