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              Todos nós que fazemos um curso em universidade pública 
              sabemos que há muito tempo temos greve dos professores e/ou 
              funcionários, reinvindicando por melhores salários 
              e mais benefícios. Tudo bem que eles lutem por seus direitos, 
              já que desde o primeiro mandato do presidente FHC os professores 
              não têm aumento salarial, ou até antes disso, 
              mas temos que ver se alguma dessas reivindicações 
              surtiu algum efeito. Apesar dessa greve ter sido por causa da não 
              regulamentação do projeto de Lei sobre a Previdência 
              Social, ainda assim temos, nós estudantes, as nossas perdas 
              e atrasos no fim das contas.  
              Tratando com palavras delicadas, considerando algumas perdas 
              irreparáveis, como por exemplo, prolongação 
              no tempo de graduando, pessoas que estão prestes a concluir 
              seu curso e ficam presas às greves, paralizações 
              de projetos e aquele grande problema que, quem já teve a 
              "felicidade" de passar por uma(s) greve(s) conhece muito 
              bem: a quebra de ritmo de estudos para nós. Esta última 
              os professores poderiam dizer que também sofrem com isso, 
              mas não se pode comparar o esforço de alguém 
              que vai fazer uma prova a outro que vai aplicá-la após 
              uma paralização, por exemplo.  
              Outro problema existente é o de, por causa do atraso causado 
              por greves, não termos férias sincronizadas com o 
              restante dos "humanos normais". Expondo um exemplo pessoal, 
              desde quando entrei na universidade não tive férias 
              "descentes", ou seja, um período de férias 
              que coincidisse com as da maioria dos estudantes. Essa ultima greve 
              é que deixou mais vestígios, pois teríamos 
              próximo ano, no período 2004.1, uma ótima organização 
              de calendário comparando-se com a que tivemos estes ultimos 
              quatro períodos, relativamente paralelo ao das escolas de 
              ensino fundamental e médio.  
              Considerando Ciência da Computação um curso 
              que necessita de um bom tempo de dedicação, uma greve 
              implica em uma nova adaptação aos horários 
              das aulas, ao ritmo de estudos que, para a maioria, estava devagar 
              se não quase parando, dentre outros problemas que refletem 
              no curso, como por exemplo o atraso no reinício das atividades 
              do RU, que prejudica muitos dos que freqüêntam o restaurante 
              durante as aulas.  
              Ficamos assim com a nossa "reinvindicação" 
              sobre as conseqüências do pós-greve que, depois 
              de tudo, somos nós que temos que superar os "problemas" 
              e mergulhar novamente nos estudos. |