Deste os tempos da Grécia antiga são observadas as mudanças que as mulheres passam durante o período pré-menstrual, antes estas mudanças eram vistas como problemas psiquiátricos. Somente em 1931 surgiram as primeiras descrições do problema, hoje a Tensão Pré-Menstrual (TPM) é considerada uma doença, que atinge cerca de 40% das mulheres, com causas ainda discutidas pelos especialistas, mas de efeitos conhecidos por aquelas que sofrem deste mal e por quase todos que convivem com elas.
        Existem muitas teorias para explicar a TPM, alguns especialistas afirmam que as alterações, durante o ciclo menstrual, nos níveis de hormônios como a progesterona, contribui na alteração dos níveis de serotonina, neurotransmissor relacionado como as emoções e comportamento das pessoas. Estas alterações hormonais também aumentam a retenção de líquido pelo corpo, este edema fica presente em todos os órgãos femininos e afeta as funções cerebrais.
        Com as alterações nos níveis das substâncias que controlam a emoção e o comportamento, as mulheres podem ficar mal-humoradas, hostis, depressivas, ansiosas, com baixa produtividade (podendo comprometer seu desempenho no trabalho e relacionamento com outras pessoas), além de chorarem com facilidade e terem maior apetite para alimentos ricos em carboidratos (doces e massas). O aumento da retenção de líquido provoca, dores de cabeça e musculares, ganho de peso, inchaço e dores nas mamas. Estes são apenas alguns de um total de 150 sintomas.
        A TPM não tem cura, mas existem meios de minimizar seus efeitos. Modificações no comportamento visando um maior controle das emoções, mesmo em outros períodos, e prática de exercícios, ajudam a atravessar esta fase. Além de uma dieta com diminuição da ingestão de sal (que provoca a retenção de líquidos), cafeína, alimentos gordurosos, açúcar refinado, álcool e eliminação do cigarro. E também o emprego de vitaminas como a A, B e E; nos casos mais graves, os médicos recomendam antidepressivos.
        Nós, homens, temos o sistema hormonal linear, ou seja, não existe período de variação. Porém temos que compreender e aceitar este problema nas mulheres, principalmente os que convivem com alguma afetada por este mal, e se possível ajudá-las a passar por esta fase tão terrível, pois como vimos isto não é "frescura" de mulher.