Família Imperial Brasileira: 1817-2010
No mês em que comemoramos a independência do Brasil, veja como vivem os descendentes da Família Real Portuguesa no país, a Família Imperial Brasileira.

Todos os anos, os brasileiros comemoram o dia 7 de setembro com desfiles cívicos e apresentação de bandas marciais. Entretanto, muitos não têm conhecimento do significado desta data e dos fatos históricos ocorridos, como, por exemplo, a vinda da Família Real Portuguesa para o país e, consequentemente, do surgimento da Família Imperial Brasileira.

Família Imperial de D. Pedro II

A Família Imperial Brasileira tem início com o matrimônio de D. Pedro I com a arquiduquesa Leopoldina, em 1817. De forma similar a outros casamentos da época, esse se deu para atender os interesses político-diplomáticos e para que seja mantida a tradição dos casamentos entre os nobres. Deste casamento nasceram nove filhos, dentre eles D. Pedro II. No Brasil, os descendentes de D. Pedro II (Afonso, Isabel Cristina, Leopoldina e Pedro Afonso) são os mais conhecidos e até hoje são intitulados príncipes e princesas, tratamentos que deixaram de ser importantes com a Proclamação da República. Isabel Cristina, por exemplo, foi a última Princesa Imperial do Brasil e ficou famosa por ter assinado a Lei Áurea, abolindo a escravidão brasileira. Abaixo, é descrita a árvore genealógica da Família Imperial Brasileira, até o início do século XX.

Os anos se passaram, o número de descendentes da Família Imperial Brasileira aumentava, os militares tomaram o poder na República em 1889, e, diante disso, a Família Imperial teve que ser exilada na Europa, a fim de evitar conturbações políticas, retornando ao Brasil somente 32 anos depois, país onde estão até hoje. A fazenda Córrego Seco, considerado o maior bem de D. Pedro II, ainda rende aos bisnetos e tataranetos a enfiteuse, um imposto pago sobre a utilização das terras que atualmente são ocupadas pela população de Petrópolis/RJ.

Atualmente, a Família Imperial Brasileira mora em uma casa alugada em Higienópolis, bairro nobre da capital paulista, e é composta por sete pessoas, descritas a seguir por ordem de sucessão no trono.

  • Sua Alteza Imperial e Real (S. A. I. R.) Príncipe Dom Luiz Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach, chefe da Casa Imperial Brasileira, entidade cívica sem fins lucrativos, responsável pela coordenação das atividades monárquicas no Brasil, bem como a preservação dos valores históricos e tradições dos brasileiros;
  • S. A. I. R. Dom Bertrand Maria José Pio Januário Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach, advogado, Príncipe Imperial do Brasil e irmão de Dom Luiz;
  • S. A. I. R. Dom Antônio João Maria José Jorge Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleáns e Bragança e Wittelsbach, engenheiro civil e também irmão de Dom Luiz;
  • S. A. I. R. Dona Cristina Maria Isabel de Ligne e Orléans-Bragança, esposa de Dom Antônio;
  • S. A. I. R. Dom Rafael Antônio de Orléans Bragança e Ligne, estudante do curso de Engenharia da Produção e filho de Dom Antônio e Dona Cristina;
  • S. A. I. R. Dona Amélia Maria de Orléans e Bragança e Ligne, irmã mais velha de Dom Rafael;
  • S. A. I. R. Dona Maria Gabriela de Orléans Bragança e Ligne, irmã mais nova de Dom Rafael.
Família Imperial Brasileira recente

Para mais informações sobre a Família Imperial Brasileira, assim como o funcionamento da Casa Imperial Brasileira, acesse o site oficial da Família.

Por Savyo Nóbrega
(savyo@dsc.ufcg.edu.br)