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Por dentro da Urna Eletrônica |
O equipamento responsável pela automatização das eleições, hoje, serve de modelo para diversos outros países que vêm testando a capacidade da máquina para implantação em seus processos eleitorais. |
Com o objetivo de automatizar, tornar mais fácil o processo de votação e apuração nas eleições, a ideia das urnas eletrônicas firmou-se em 1995 a partir de pesquisas realizadas pela Justiça Eleitoral. A urna eletrônica é constituída do microterminal e do terminal do eleitor, além de uma pequena impressora. ![]() No microterminal, o eleitor é identificado pelo número de seu título eleitoral e no terminal do eleitor é registrado o voto. A urna possui mecanismos que possibilitam a recuperação da informação em caso de defeito. Além da proteção lógica do sistema e dos seus dados, garantida por assinaturas digitais dos programas e criptografia dos dados, são, também, protegidos todos os acessos físicos a partir de lacres. Existem diversos modelos de urnas eletrônicas: UE98, UE2000, UE2002, UE2004 e UE2006. Até 2006, foram utilizados os seguintes sistemas operacionais:
Em 2007, inicia-se o desenvolvimento do Projeto UENUX – Projeto Linux na Urna Eletrônica. No ano seguinte, 100% das urnas com SO livre e aplicativos/driver/ API totalmente desenvolvidos pela Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O hardware da urna eletrônica é constituído por:
![]() Fonte: TSE.
Todos os programas contidos na urna eletrônica são assinados digitalmente. Para isso, é utilizado algoritmo assimétrico proprietário, de conhecimento exclusivo do TSE. Ao ser iniciada, a urna verifica a assinatura dos programas. Em caso de não-conformidade, a urna não funciona. Após o encerramento da votação, são gravados no disquete da urna eletrônica os seguintes arquivos:
O Boletim de urna e o registro digital do voto, além de assinados digitalmente, são criptografados e depois transmitidos. Ao receber o boletim de urna, o sistema Totalizador faz as seguintes verificações: ![]() Fonte: TSE.
Se qualquer item acima não estiver em conformidade, o boletim de urna é rejeitado. Após a validação em todos os procedimentos anteriores, são verificadas as pendências. Caso exista alguma pendência, o boletim de urna fica aguardando até o tratamento da pendência pelo juiz eleitoral. Se todas as verificações estiverem em conformidade, os dados são armazenados no banco de dados e processados pelo sistema. O Registro Digital do Voto, ou arquivo de votos, foi criado em 2003, em substituição ao voto impresso. A substituição do voto impresso pelo registro digital do voto, em cada cargo disputado, com a identificação da urna eletrônica onde ocorreu o registro, possibilitou a recuperação dos votos para recontagem eletrônica a qualquer tempo, além de acrescentar segurança e transparência ao processo eleitoral. Tais garantias são asseguradas por:
Portanto, o acesso público ao conteúdo dos votos é semelhante ao acesso às cédulas de papel. Um exemplo do registro digital do voto é apresentado na tabela a seguir. Cada linha equivale à sequência de escolhas de cada eleitor. ![]() Fonte: TSE.
Visão geral do processo eleitoral: ![]() Fonte: TSE.
Após as apurações, os votos são divulgados pela internet. Alguns países demonstraram interesse em estudar o sistema eletrônico de votação do Brasil e foram ao TSE conhecê-lo, dentre os quais:
Outros países já realizaram o processo eleitoral utilizando as urnas emprestadas pelo Brasil:
Vale salientar, que é imprescindível a fiscalização no processo de votação eletrônico, a exemplo de:
Além de conhecer todo o processo e fiscalizar, é importante votar consciente, visto que o voto é a forma legal de escolher quem nos representará politicamente e é condição indispensável ao exercício da cidadania. Simule aqui a votação utilizando a urna eletrônica. Para obter mais informações, acesse: http://www.tse.gov.br |
Por Natasha Bezerra (natashabs@gmail.com) |