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Mais um pouco de greve |
Greves têm se tornado algo comum em nossos dias, mas este movimento nunca é realizado em vão, nelas sempre encontramos reivindicações e protesto. |
Logo após o fim da greve dos servidores e professores de nossa universidade temos uma outra, dificultando nossos dias no campus. Desta vez não é uma greve de um dos segmentos na UFCG, mas estou me referendo a greve dos bancários, que iniciou na semana passada, por melhoria salarial e redução da jornada de trabalho para a categoria. Diante disso vemos que as greves vêm sendo presença marcante em nosso cotidiano. Temos várias versões para a primeira greve de trabalhadores da humanidade, entre elas está a realizada pelos escravos que construíam as pirâmides do Egito. Esta greve ocorreu porque os trabalhadores deixaram de receber sua porção diária de alho, produto que na época estava em falta no mercado. Greves são instrumentos legais de defesa e reivindicação dos direitos trabalhistas inclusive previsto em nossa constituição. Por elas foram conquistados muitos dos nossos direitos como trabalhadores, que hoje temos. Em nosso país a primeira greve foi a dos tipógrafos do Rio de Janeiro, em 1858, contra as injustiças patronais e por melhores salários. Em 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica em Nova York, fizeram a primeira greve conduzida exclusivamente por mulheres. As operárias foram trancadas, na fábrica, e queimadas vivas, a mando dos patrões, 129 mulheres morreram. Por esse motivo no dia 8 de março é comemorado o dia internacional da mulher. A principal reivindicação delas era a redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas diárias. Saindo do padrão de realização de greve com paralisação do trabalho, temos as greves de fome. Em 1980, o então sindicalista Luis Inácio Lula da Silva, e outros dirigentes sindicais realizaram, presos em cadeia, uma greve de fome contra a violência policial e outras atitudes tomadas pelo governo em repreensão aos movimentos grevista da época. Na Grécia Antiga em uma peça escrita por Aristófanes (450 a.C.-388 a.C), Lisístrata, as mulheres fazem greve de sexo para forçar atenienses e espartanos a estabelecerem a paz na Guerra do Peloponeso. Talvez esta tenha sido a primeira referência à greve de sexo registrada pela história. Para algumas mulheres, através da greve de sexo elas conseguem qualquer coisa. |
Por
Welmisson Silva |