A influência da alimentação no nosso humor
Benefícios que certos alimentos trazem para nossa saúde e bem-estar.

A fim de proporcionar uma maior sensação de felicidade e bem estar, o ser humano tem fortes aliados: os alimentos. O Food and Mood Institute (Instituto da Comida e Humor), localizado na Grã-Bretanha, é um dos muitos centros de pesquisa espalhados pelo mundo responsável pela coleta e estudos a respeito de como a alimentação pode influenciar no ânimo do ser humano. São institutos como este que, hoje em dia, comprovam cientificamente que a química entre nutrientes e humor é perfeita.

Ervilha, diferentes tipos de feijão, leite, ovos, carnes, peixes, são exemplos de alimentos fornecedores de triptofano, uma proteína importante para a formação de neurotransmissores, responsáveis pela regulação do humor. Outro aminoácido encontrado nestes alimentos é a tirosina, responsável pelo controle das emoções. Dietas carentes de tais alimentos podem contribuir para indisposição do indivíduo ao longo o dia, resultando em mau-humor e reações hostis, por exemplo.

Dessa forma, é fácil notar que os alimentos têm grande influência no bom funcionamento do nosso corpo. Não só uma dieta pobre em triptofano e tirosina, mas o mau-humor, muitas vezes, também é visível em pessoas que passam a vida a evitar massas, como pães, macarrão, bolos. Este fato ocorre simplesmente pela quase inexistência de uma substância fundamental para o cérebro, os carboidratos, um dos grandes vilões de dietas.

Segundo a pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo, Monica Talles, alimentos com alto teor de carboidratos promovem um acréscimo nas taxas de insulina. Há, assim, a entrada de uma quantidade maior de triptofano no cérebro. O triptofano, por sua vez, será transformado em um neurotransmissor conhecido como “substância química calmante”, a serotonina.

O mau humor matinal é explicado pelo grande consumo de glicose, realizado pelo sistema nervoso central durante o sono. Ao acordar, é necessário repor o açúcar perdido, pois a hipoglicemia pode comprometer o funcionamento normal do cérebro, gerando a sensação de ansiedade.

Mas não só de açúcar recompõe-se nosso corpo. Ao longo do dia, recomenda-se, também, o consumo de alimentos ricos em vitamina B, encontrada em vegetais, como rúcula e brócolis, por sua interação com neurotransmissores. Outras vitaminas, como a B1, B6 e a B12 merecem um lugar especial na dieta, por serem substâncias muito atuantes no funcionamento regular do cérebro. Elas são encontradas em alimentos como o milho, a banana, pistache, caju e frutos do mar.

Além de um bom controle da alimentação e inclusão de alimentos ricos em proteínas no cardápio, é importante lembrar outros fatores que podem afetar o nosso equilíbrio emocional. Alimentar-se em intervalos de, no máximo, quatro horas, beber água diversas vezes ao longo do dia, ter uma boa noite de sono, estas são algumas dicas valiosas para “viver a vida sorrindo”.

Por Danielle Chaves