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O LAD tem como uma das suas áreas de pesquisa o desenvolvimento
e prototipagem de sistemas híbridos (software/hardware)
de alto desempenho e baixo custo. O laboratório é
coordenado pelo Prof. Dr. Elmar Melcher e conta com uma equipe
qualificada participante de diversos projetos no âmbito
nacional e internacional, dentre os quais destaca-se o Projeto
Fênix/Brazil-IP. |
Dentre as diversas etapas do projeto Fênix/Brazil-IP,
está o projeto do chip. De acordo com Henrique Cunha, membro
do LAD, o chip produzido é um decodificador para o padrão
de vídeo MPEG4, que obedece ao simple profile level 1,
com resolução QCIF (176x144), o que quer dizer que
o chip tem como alvo o uso em dispositivos móveis. Sua
fundição foi realizada no Fraunhofer Institut, localizado
na Áustria, devido ao fato do Brasil não possuir
uma foundry (fábrica de circuitos integrados). No entanto,
isso deve mudar com o novo acordo do governo brasileiro com o
Japão para a TV Digital, que prevê que o Japão
trará para o Brasil uma foundry, a qual possibilitará
realizar não só o processo de concepção
e projeto, mas também a fabricação de chips
no Brasil.
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O projeto é open-source e não visa, pelo menos
por enquanto, a comercialização, pois é financiado
pelo Ministério da Ciência e Tecnologia através
do CNPq. Portanto, não há ganhos financeiros imediatos.
Porém, há ganhos enormes com a experiência
e a formação de recursos humanos em projeto de microeletrônica.
Vale destacar também, que o projeto Brazil-IP produziu
também dois outros chips através de outras duas
instituições: um microcontrolador 8051, de responsabilidade
da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE e um decodificador
de MP3, projetado pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp. |
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Este conjunto de projetos bem-sucedidos culminou na criação
de uma nova design-house (empresa de projeto de microeletrônica)
no Brasil: O CETENE/LINCS, sediado
em Recife e que conta com a parceria do LAD. Os resultados são
bastante positivos e os chips do 8051 e do MP3 já foram testados
e funcionaram de acordo com o esperado. O chip do MPEG4 segue a mesma
metodologia de processo, porém possui uma placa mais complexa
e os componentes não existem no Brasil.
Até o final da primeira semana de novembro, os primeiros testes
serão realizados e as expectativas são muito positivas.
Vamos esperar para ver os excelentes resultados obtidos!
Mais
informações sobre o LAD estão disponíveis
em http://www.lad.dsc.ufcg.edu.br.
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