Uma das origens defendidas como marco principal do surgimento do teatro consiste na reunião de um grupo de pessoas nas proximidades de uma fogueira em uma pedreira. A fogueira refletia a imagem dessas pessoas na parede, e gestos engraçados eram feitos para refletir nas sombras, enquanto um texto improvisado acompanhava as imagens, trazendo a ideia de animais, divindades, personagens fracos, fortes, oprimidos, entre outros.
O teatro remonta há mais de 2.500 anos, na Grécia. Seus antigos povos expressavam suas ideias/mitologias, dentre outros assuntos, ao transformar encenações em arte. Nessa época, apenas os homens representavam, e, diante de papéis femininos, foram criadas as primeiras máscaras, de tragédia e de comédia (os primeiros gêneros do teatro).
O gênero trágico foi o pioneiro, retratando, por exemplo, o sofrimento humano, suas fatalidades, e causas/origens da nobreza. Os maiores autores da tragédia grega foram Ésquilo, Eurípedes e Sófocles, que produziram obras que fazem parte da cultura mundial e são representadas até hoje. Exemplos dessas obras são as seguintes peças: Os Persas (de Ésquilo), Medéia (de Eurípedes) e Édipo Rei (de Sófocles).
A comédia surgiu para satirizar excessos, falsidades e mesquinharias, não sendo bem vista a princípio, pois se considerava, na época, a tragédia um gênero mais rico. No século V a.C., com o surgimento da democracia, o gênero cômico passou a ser mais aceito, tratando-se de uma maneira de ridicularizar fatos políticos da época. Um dos principais autores desse gênero foi Aristófanes, com mais de 40 peças teatrais escritas (entre elas, Lisístrata).
O Dia Mundial do Teatro (27 de março) foi criado em 1961, pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI), data da inauguração do Teatro das Nações, em Paris. O ITI é vinculado à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).
No Brasil, o teatro surgiu no século XVI para propagar a religião, destacando-se, por exemplo, o padre José de Anchieta. No século XIX, a comédia de costumes retratou, na obra de autores como Martins Pena, a sociedade brasileira da época. Os princípios da modernidade chegaram ao teatro brasileiro no século XX, com Oswald de Andrade. Um dos maiores dramaturgos do século XX é Nelson Rodrigues, sendo sua encenação “Vestido de Noiva”, em 1940, considerada um marco no teatro. Entre os grupos e companhias estáveis de repertório significativos, a partir dessa década, estão Os Comediantes, o TBC, o Teatro Oficina, o Teatro de Arena, o Teatro dos Sete, a Companhia Celi-Autran-Carrero. No entanto, a ditadura militar impôs censura a autores/encenadores até o início da década de 1980 quando, com o fim da ditadura, surgiram grupos/movimentos que estimularam uma nova dramaturgia.
Na Paraíba, embora conhecida como “celeiro de artistas”, o movimento teatral não tinha muito destaque até os anos 80. Em Areia, por exemplo, onde foi construído o primeiro teatro na Paraíba (o teatro Minerva), não se tem registro de grupos teatrais originados na cidade. Entretanto, o movimento teatral paraibano atual vem deixando de ser meramente amador (conheça aqui um pouco mais sobre o teatro paraibano). Em Campina Grande, o Teatro Municipal Severino Cabral, inaugurado em 1963, consolidou-se como templo da produção artística campinense e paraibana ao longo das décadas de sua existência, além de cenário de diversos eventos nacionais e regionais
O Teatro é uma arte na qual os atores cedem seu corpo/voz para viver personagens criados por autores. Para muitos dramaturgos, a experiência de encenar é única e merece ser prestigiada, além de mais incentivada. Mais informações sobre a dramaturgia brasileira, clique aqui.