No dia 16 desde mês, o Comitê Executivo da FIFA estabeleceu mudança no seu Código Disciplinar criando penas mais duras contra o preconceito racial. Em todos os países, filiados a FIFA, os campeonatos nacionais de futebol terão punição com perda de pontos e até eliminação de equipes caso ocorram manifestações racistas. Dentre estes campeonatos está o brasileiro, e a CBF deverá acatar a decisão da FIFA.

          Muitos são os casos de racismo registrados na Europa, principalmente por torcedores italianos, espanhóis e do Leste Europeu, inclusive alguns jogadores brasileiros já foram vítimas de racismos na Europa, como é o caso de Roberto Carlos, jogador do Real Madri. Em nosso país o caso mais recente ocorreu na região sul, em que Antônio Carlos, atleta do Juventude, foi suspenso por atitude racista contra Jeovânio, atleta do Grêmio, sendo este negro.

          Atualmente, quando torcedores ou jogadores de um time manifestam preconceito racial, o time sofre apenas multas ou tem jogadores suspensos por alguns jogos.

          A FIFA informou que com a mudança em seu regulamento, as punições serão da seguinte forma: quando uma equipe se envolver no primeiro caso de racismo, terá três pontos perdidos na competição em que houve o preconceito, no segundo caso serão seis pontos perdidos. Caso a equipe manifeste preconceito uma terceira vez, será eliminada da competição. A FIFA ainda não deixou claro se as punições serão aplicadas em caso de manifestações raciais originadas tanto por jogadores como por torcedores, além de não estabelecer um data para a decisão entrar em vigor.

          Será alterado o artigo 55 do Código Disciplinar da FIFA (veja código em inglês), e estão previstas multas com valores a partir de 10 mil francos (R$ 16.368,00), aplicadas em casos de preconceito racial causado por jogadores e possivelmente pela torcida.

          A FIFA informou, também, que irá obrigar as associações de futebol nacional, em todos os países, a ela filiadas, a adotarem estas medidas em seus respectivos regulamentos. Caso alguma associação nacional não siga a determinação, poderá ser excluída do futebol internacional, em todas as modalidades, por até dois anos, ficando os times e sua seleção impedidos de participar de competições internacionais.