Os vencedores das
provas individuais e alguns atletas de equipes coletivas, indicados
por sorteio, são obrigados a permitir a análise da
sua urina para que se proceda ao controle antidoping (www.wada-ama.org).
A lei também permite a convocação de outros
atletas sob suspeita. |
Existem quatro
tipos de substâncias dopantes que são bastante
utilizadas. Vários atletas correm constantemente
o risco de serem flagrados por uso de betabloqueadores,
estimulantes, esteróides, injeção de
sangue, narcóticos e diuréticos.
Cada uma dessas substâncias seduz uma categoria de
atletas diferente. Enquanto os betabloqueadores atraem a
turma que precisa se concentrar para obter precisão,
os estimulantes funcionam impulsionando a velocidade dos
atletas. Os esteróides anabolizantes são os
mais detectados nos exames, representando 65% dos casos.
Eles incentivam o desenvolvimento da massa muscular aumentando
força, aceleração e explosão
muscular. Alguns atletas injetam até um litro de
sangue para aumentar a quantidade de glóbulos vermelhos,
melhorando a capacidade de circulação de oxigênio.
Os narcóticos são usados para combater dores
moderadas e agudas. Os diuréticos são usados
pelos atletas que precisam perder peso para continuar em
suas categorias. Por exemplo: os judocas e os boxeadores.
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Para combater essa especialização
da ciência antiesportiva, os comitês esportivos investem
em exames cada vez mais sofisticados, mas normalmente estão
sempre um passo atrás dos atletas desleais. Por conta dessa
evolução e perseguição constantes, vários
tipos de doping já foram abandonados com o passar do tempo.
Por exemplo: nos anos setenta algumas atletas chegaram a engravidar
antes das competições para aproveitar os hormônios
provenientes da gravidez, e depois da competição,
naturalmente abortavam. Hoje essa prática não é
mais usada, mas os especialistas estão preocupados com o
desenvolvimento de novos métodos igualmente assustadores,
principalmente com o uso da manipulação genética.
O difícil será encontrar um jeito de flagrar mutações
genéticas, sem obrigar todos os atletas a fazerem um caro
exame de DNA. |
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A presença
anormal de alguma dessas substâncias na urina dos
atletas após algum jogo implica numa infração
de códigos éticos e disciplinares podendo
ocasionar suspensão do atleta, bem como do seu técnico,
médico e dirigentes. Além do que, algumas
substâncias como os narcóticos causam efeitos
colaterais incluindo transtornos respiratórios em
proporção à dose e também podem
causar dependência física e psíquica.
Os estimulantes causam paranóia psicótica,
hipertensão, taquicardia e depressão. Os hormônios
podem deixar o homem infértil e a mulher com pêlos
no rosto e irregularidade menstrual. Os esteróides
causam no homem o aumento das mamas e hipertrofia da próstata,
nas mulheres, aumento de pelos e problemas na ovulação
e em ambos os sexos causa arteriosclerose, disfunção
hepática e redução da libido. E os
diuréticos causam desidratação, cólicas,
náuseas e dor de cabeça.
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Temos
vários exemplos de doping no futebol. O primeiro
doping no Brasil ocorreu quando o jogador Campos do Atlético
Mineiro, que sonhava em ir para o mundial de 1974 na Alemanha,
em 1973, num jogo contra o Vasco da Gama, foi pego no exame
antidoping, por uso de efedrina, pois o mesmo tinha perdido
três dentes e estava se recuperando tomando antibióticos,
antiinflamatórios e analgésicos. O maior escândalo
de doping nas copas foi no jogo Argentina 2 x 1 Nigéria
no mundial de 1994, quando Diego Armando Maradona foi acusado
de jogar dopado sob efeito de estimulantes. Maradona ficou
suspenso até setembro de 1995, recebeu uma multa
de 15.400 dólares e perdeu sua moral. Valeu a pena? |
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