Onze idiomas em campo...
Você sabia que na África do Sul se fala onze idiomas oficiais?

De quatro em quatro anos o planeta vive este clima que mistura ansiedade, apostas, torcidas, glórias e também tristezas, todas juntas num dos maiores eventos realizados pelo homem, a Copa do Mundo de Futebol.

João Havelange

Estando na décima nona edição, e após ser realizada sete vezes nas Américas, dez vezes na Europa e uma na Ásia, a Copa do Mundo chega à África como resultado de esforços da África do Sul para sediá-la e do apoio do presidente de honra da FIFA, o brasileiro João Havelange. Segundo ele mesmo “Vejam bem quantos séculos tem a África. Nunca um evento foi levado para aquele continente. Quem levou foi a FIFA e quem planejou foi a minha gestão.”

A África do Sul recebe esta Copa com muito entusiasmo. Nunca houve um evento tão grandioso naquele continente. Mas, preparados eles estão, pelo menos falam o idioma considerado universal no mundo business, o inglês. Pode parecer surpresa, para alguns, que se fale inglês lá. Porém, o mais interessante é que, além do inglês, existem outros dez idiomas oficiais: africâner, ndebele, soto do norte, soto, suazi, tsonga, tsuana, venda, xhosa e zulu.

Bandeira da África do Sul

E não para por aí, essa diversidade linguística representa a fluência de aproximadamente 79% da população que é negra. Como se não bastasse tanta diversidade cultural, ainda existem as maiores comunidades caucasianas, indianas e mestiças de todo o continente africano.

A variedade espantosa de tantos idiomas de origem africana, junto com o inglês, se deu principalmente pela união de cinco colônias que eram de domínio britânico desde 1806 até 1909, quando foi criada a nação da África do Sul.

Tamanha diversidade cultural parece se unir por meio de um único emissor de som, ou melhor, emissor de barulho, as recentemente famosas vuvuzelas. É com elas que a torcida local pretende entoar sua vibração, perturbando a paciência do time adversário dentro dos estádios dentre os quais, a propósito, pelo menos um deveria se chamar “Torre de Babel”.

Por Tales Tenorio de Souza Pimentel
(tales@dsc.ufcg.edu.br)