A África do Sul é um país independente situado no extremo sul do continente africano e banhado pelos oceanos Atlântico e Índico. A nação abriga, aproximadamente, 50 milhões de pessoas, das quais 70% são negras, 12% brancas e descendentes de holandeses, 13% euro africanas e 5% de outras etnias. A nação é mundialmente conhecida pelas belezas naturais, com desertos, montanhas e praias, como também pelos mais de trinta anos que sofreu com o apartheid.
O país sofre também com os altos índices de desigualdades sociais (40% da população está abaixo da linha da pobreza, vivendo com menos de R$ 3,00 por dia), apesar de ser o país com a economia mais forte do continente africano. O analfabetismo apresenta altos índices e os sistemas de saúde, de segurança e de transporte são precários. Quanto a empregos, uma a cada quatro pessoas é desempregada, o que também influencia na violência. No entanto, o fato de ser sede da Copa do Mundo de Futebol 2010 está, de alguma forma, minimizando alguns destes problemas.
Com relação aos transportes públicos, algumas melhorias significativas foram alcançadas com os preparativos para a Copa. Rodovias foram ampliadas, a obra do metrô de Joanesburgo (maior cidade da África do Sul) foi concluída, o que facilitará o deslocamento dos trabalhadores, assim como dos turistas.
No âmbito da segurança, houve um investimento de, aproximadamente, R$ 360 milhões, que não resolve totalmente o problema, mas o ameniza. No país ocorrem todos os dias cerca de 50 assassinatos, 100 estupros e mais de 700 assaltos, mas o governo sul-africano garante que este investimento garantirá a segurança dos turistas na Copa.
Já como ação social da FIFA (Federação Internacional de Futebol Associado), uma reserva de R$ 126,7 milhões será destinada à construção de campos com gramas artificiais em cada um dos 53 países africanos e vinte projetos de caridade também serão financiados pela federação, com o intuito de melhorar a vida das próximas gerações sul-africanas.
Mas, a principal influência da Copa no país sede será o aumento na geração de empregos, o evento inspirou a iniciação de diversos projetos, a exemplo do Laduma, a partir do qual um grupo de 2010 pessoas está sendo treinado para ser sommeliers, especialistas em vinhos, atendendo a demanda turística do período.
Assim como o mercado de vinhos, o de artesanato, de hotelaria e de restaurantes também será fortalecido. De acordo com pesquisa da consultoria Grant Thornton, a economia local apresentará um crescimento de 0,5%, com a entrada de mais de R$ 1,6 bilhões nos cofres públicos do país.
Como resultado do evento, o país terá seu turismo aumentado e solidificado devido à grande exposição nos anos preparatórios da Copa e no ano de sua ocorrência, isto, sem dúvidas, será a maior herança por sediar o maior evento esportivo do mundo.