Desastres aéreos já não são novidades no mundo!
Embora sua oferta seja, principalmente, a rapidez e o conforto, o avião pode ser um dos meios de transporte mais imprevisíveis, em se tratando de acidentes.

Quem não está lembrado do acidente aéreo na Serra da Cantareira, na noite de 2 de março de 1996, resultando na morte do grupo Mamonas Assassinas, no auge de sua carreira? Ou do dia 11 de setembro de 2001 e toda a sua repercussão, em que, além das vítimas que se encontravam no avião, diversas pessoas faleceram no solo norte-americano?

Em pleno século XXI, com máquinas que simulam seres humanos, capas de invisibilidade sendo projetadas e aviões cada vez maiores e mais velozes, assistir ao noticiário e se deparar com uma reportagem de acidente aéreo é cada vez mais comum, embora o impacto causado seja sempre semelhante. Um exemplo significativo foi o desastre aéreo ocorrido no início desse mês, no vôo 447 Rio-Paris da empresa AirFrance, com 216 passageiros e 12 tripulantes. O motivo do acidente, até então, é desconhecido, sendo consideradas diferentes hipóteses, baseadas em causas de acidentes passados, como raios, pane elétrica, velocidade, tempestade, granizo, dentre outras.

A Força Aérea divulgou, recentemente,
imagens dos destroços encontrados do Airbus da Air France.

Assim como o vôo 447, vários outros acidentes envolvendo aviões resultaram na morte de toda sua tripulação e passageiros, como o do avião Douglas DC-10, da American Airlines, que resultou na morte de 273 pessoas, após problemas na decolagem, em Chicago. Este é considerado o maior acidente aéreo norte-americano.

Um enorme clarão em uma noite de julho de 2007 deu início ao mais trágico acidente aéreo brasileiro, quando o Airbus A320, da empresa TAM, não consegue frear, ainda na pista, atravessando uma avenida e, em seguida, atingindo um prédio da empresa. O acidente vitimou 187 pessoas que estavam a bordo e outras 12 que se encontravam no edifício.

A maior tragédia aérea mundial ocorreu nas Ilhas Canárias – Espanha, em março de 1977, envolvendo dois Boeings 747. Os Boeings colidiram, ainda na pista, no aeroporto de Santa Cruz. O número de vítimas chegou a 583. Em segundo lugar, está a maior tragédia aérea ocorrida no Japão, em que o Boeing 747 da Japan Airlines colidiu com uma montanha, 520 das 524 pessoas que estavam no voo morreram. Alguns passageiros deixaram bilhetes para a família após saber da situação do voo. "A meus três filhos: tomem conta de sua mãe. O avião está caindo e vem uma fumaça branca da parte de trás. Podemos ter apenas mais cinco minutos (...). não há esperança. Foi uma vida feliz para mim. Deus nos ajude. Adeus", disse em uma carta escrita ainda durante o voo, Hiroshi Kawagushi.

Boeing 747:
O segundo maior acidente aéreo da história.
O maior envolvendo apenas um avião.

Em 1952, o Brasil vive mais um momento de luto, pelas vítimas do acidente envolvendo o voo 202 da Pan American, com destino a Nova York. O avião desapareceu na selva amazônica, sendo encontrado destroços e, em seguida, os corpos dos passageiros e tripulação, dois dias depois. Oito anos depois, o Convair da Companhia Real caía na Baía de Guanabara – Rio de Janeiro, deixando 53 mortos.

Um acidente aéreo resulta sempre em grande repercussão, devido às fatalidades em massa que geralmente estes encadeiam. Embora a tecnologia esteja cada vez mais a favor das máquinas e os pilotos mais preparados para situações de pane, muitas vezes um conjunto de fatores gera um problema que foge ao controle humano, resultando inevitavelmente em um acidente.

Por Danielle Chaves
(danielle@dsc.ufcg.edu.br)