Programar é uma arte!
Motivos para crer que as dores de cabeça e as noites sem dormir sempre são pela arte.

Programar é definitivamente uma arte. Afinal, um programador consegue domar o computador, uma máquina extremamente estúpida e complexa devido à sua generalidade, apenas munido de um teclado. Tal qual um pianista faz sua arte com as teclas (ou um desenhista), consegue extrair do mundo das ideias, do abstrato, uma máquina (de Turing).

É uma arte com um propósito que excede a beleza, pois o principal objetivo é solucionar problemas e é justamente na solução que se vê a criatividade de um artista. E é uma arte que premia a simplicidade, visto que resolver um problema difícil com um programa complexo é mais fácil do que fazê-lo com um programa simples: quanto mais simples, melhor, já diriam os roqueiros do KISS.

É uma arte, pois, apesar da programação lidar bastante com algoritmos, não existe um algoritmo para programar. Como em todas as outras artes, apenas o treinamento, estudo e prática permitem ao programador desenvolver trabalhos cada vez melhores.

A arte de programar se serve de várias ciências (da matemática - matéria-prima, sem divisores a não ser ela mesma e a unidade, fundamental para a construção das obras de programação - e da astronomia - todos os dias, dado que milhares de programadores têm que lidar com Eclipse, por exemplo), e de outras artes. Da mesma forma que serve às outras ciências, artes, sendo utilizados programas de computadores em todas as áreas da sociedade moderna.

Como artística que é, a programação também está inserida em mistérios - "Ser ou não ser NP?", o P se pergunta todos os dias - e obviedades - "Ser ou não ser é sempre verdadeiro", afirma o programador. Um outro detalhe, não menos importante, é que a programação é parte da AFS: Arte de Fazer Siglas. Sem razão para gastar tantos bytes com palavras por extenso, na programação (computação em geral), no céu de siglas já há até constelações (vide LAMP).

Por fim, a programação é uma arte porque Donald Knuth, na obra-prima da área, disse que era, quem sou eu para duvidar dele? Sou apenas um programador.

Por Diogo Anderson
(diogo@dsc.ufcg.edu.br)