Entrei no curso no período 2008.1, mas já conhecia o trabalho do PET, enquanto programa nacional, antes mesmo de entrar na universidade. Meu primo mais velho fez parte do PET Farmácia UFPB e eu pude acompanhar um pouco da sua animação após chegar das viagens e das noites que passava na universidade, chegando sempre com um sorriso no rosto de “valeu a pena”. Pensei que o trabalho dele fosse parecido com um Carnaval, de tão empolgante que era. Eu nem imaginava o que ia viver nos próximos anos ainda.
Tentei seleção para o PET Computação no período 2009.1 e não fui aprovado, fato que me deixou triste no início, mas depois serviu de aprendizado pra mim, pois repensei algumas coisas na minha vida e trajetória, podendo assim, aprender com os erros cometidos. No outro período, tive a surpresa de, novamente, abrir seleção para novos integrantes do grupo. Participei do processo novamente e consegui ser aprovado como 2º não bolsista dessa seleção. Após 3 anos e 3 meses dentro do PET Computação, muita coisa aconteceu para que hoje eu seja uma outra pessoa, ou melhor, a mesma de sempre, só que com o coração petiano batendo a todo vapor.
De seminários sobre o Carnaval, Luiz Gonzaga e Fim do Mundo a palestras de toque terapêutico, de minicursos de Computação Gráfica a tardes nos colégios divulgando o curso de Ciência da Computação da UFCG, de noites viradas pesquisando parâmetros de análise da voz humana a atividades de contato com a sociedade, de tudo um pouco foi feito nessa minha época de petiano. As atividades de pesquisa, ensino e extensão do PET Computação me mostraram a importância de ter uma mente aberta sobre as coisas, além de um papel de cidadão consciente e que se preocupa com o que está ao seu redor. Esses três pilares modelam um universitário, fazendo dele uma pessoa mais bem preparada para o mercado de trabalho.
Nesses quase 40 meses dentro do PET Computação, eu tive a honra de atuar como Representante Discente dos Grupos PET da Paraíba em 2011, cargo que me deu muita experiência e confiança a frente dos Grupos da Paraíba. Acredito que dei o melhor de mim e que todo o trabalho e estresse valeram a pena. Além disso, tive o prazer de participar da seleção de muitos candidatos ao Grupo, além da nova tutora. Acredito que o trabalho foi realizado da melhor forma possível e desejo que todos tenhamos sucesso no futuro.
E como não falar das viagens? No total, foram 3 ENEPETs (João Pessoa/PB, Maceió/AL e Natal/RN), 3 ENAPETs (Natal/RN, Goiânia/GO e São Luís/MA), 4 Fóruns Paraibanos dos Grupos PET em Campina Grande e João Pessoa, além de muitos interPETs na UFCG. Além de viajar para discutir pontos relevantes para o Programa (e como teve discussão!), foram nos encontros do PET onde muitas amizades surgiram, muitos momentos de integração foram feitos e vários lugares do Brasil foram conhecidos.
As amizades feitas dentro do PET? Bem, é a elas que eu devo todo o meu agradecimento por ter chegado até aqui. Foram elas que me orientaram nos meus erros e opiniões falhas, aconselharam nos momentos de tristeza e de desespero e estiveram presentes comigo nos momentos de muita alegria e ansiedade. Não seria justo citar aqui todos os petianos de Computação que participaram nesse tempo, além das amizades feitas, conquistadas nos eventos e mantidas com carinho até hoje. Todos foram importantes e contribuíram para o crescimento e fortalecimento do Programa de Educação Tutorial.
Nunca bateu arrependimento de nada, se hoje eu cheguei aqui, foi por ter vivido e aproveitado tudo isso. E sempre com um sorriso no rosto de quem tem a certeza que seguiu pelo caminho certo. Hoje, eu estou formado e tão logo após a colação de grau, já tive o prazer de ser contemplado com uma vaga no mestrado da UFCG, além de obter êxito em alguns concursos públicos. Isso é resultado de muita determinação e fé em Deus acima de tudo.
Bem, é chegada a hora da despedida, de passar o bastão pra outras pessoas, de seguir adiante na escada da vida. Eu quero agradecer primeiramente a Deus por tudo que fez e proporcionou para a minha vida, a todos os petianos que estiveram ao meu lado sempre e me proporcionaram momentos marcantes e únicos na minha vida, às tutoras Joseana e Lívia que me ensinaram e acreditaram no meu potencial, enfim, a comunidade petiana do Brasil que esteve comigo e pôde fazer desse PET um Programa melhor. Obrigado demais!
Valeu a pena cada dia inteiro na universidade e noite sem dormir, cada discussão por e-mail (e quantas milhares tiveram) ou pessoalmente, cada almoço ou tempo de intervalo durante as aulas na sala, cada história contada e recontada, cada grito de reivindicação por melhorias do Programa, cada centavo gasto em “coisas supérfluas”. Hoje, eu digo que valeu. Valeu a pena cada segundo dentro do PET Computação.
Pra trás? Não, pra SEMPRE.
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