A International Olympiad in Informatics, em sua 23ª versão, ocorreu na Tailândia, de 22 a 29 de Julho deste ano. Essa é uma das mais reconhecidas competições em Ciência da Computação do mundo, e consiste em uma das International Science Olympiads que, além da IOI, realiza diversas competições como: International Mathematical Olympiad (IMO), International Physics Olympiad (IPO), entre outros.
Na IOI, cada país participante possui uma delegação que é composta por dois leaders (Treinadores) e quatro estudantes. A delegação brasileira é selecionada pela OBI (Olimpíada Brasileira de Informática) que é realizada pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) com apoio da SBC (Sociedade Brasileira de Computação). Com objetivo semelhante, surgiu a Olimpíada Paraibana de Informática (OPI) que incetiva e prepara os alunos da Paraíba para a OBI e, consequentemente, para a IOI. A OPI é organizada pelo professor Dr. Rohit Gheyi com apoio do grupo PET Computação e o Departamento de Sistemas e Computação (DSC). A IOI e a OBI tem formato semelhante, em que cada participante/equipe recebe um conjunto de problemas e tem que criar um algoritmo que resolva cada problema, onde cada algoritmo terá uma taxa de acerto (depende em quantos testes ele passou) e daí será calculado a pontuação. No final quem tiver maior pontuação vence. A diferença na OPI é que cada algoritmo é avaliado como certo ou errado e quando alguém acerta recebe um balão, isso é feito até que o tempo acabar, e quem tiver resolvido mais problemas em menos tempo vence.
Os estudantes que representaram o Brasil na IOI deste ano foram: Felipe Abella (UFCG, Campina Grande-PB), Renato Pinto Júnior (Colégio Objetivo, São Paulo-SP), Marcos Kawakami (Colégio Etapa, São Paulo-SP) e Caíque Lira (Colégio Farias Brito, Fortaleza-CE), em ordem de melhor classificação. Felipe Abella ganhou medalha de ouro e ficou em 3º lugar, junto com um estudante russo, e fez 598 de um total de 600 pontos. Renato fez 365 pontos ficando em 86º lugar, Marcos fez 360 pontos ficando em 91 lugar e Caíque fez 327 pontos ficando em 113º lugar; os três ganharam medalha de bronze. O Brasil foi um dos poucos países que levou 4 medalhas para casa, ficando à frente de países como Inglaterra, França, Canadá, Alemanha, que segundo a SBC são países tradicionais na competição. (Fonte)
O aluno Felipe Abella tem um bom histórico de participação em competições na área da Computação, foi aluno do Colégio GEO em João Pessoa e agora é aluno da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande). Desde o ensino médio, ele mostrou um ótimo desempenho nas competições, além de ter um grande apoio do professor Dr. Rohit Gheyi que, desde 2009, é professor da UFCG e organizador da OPI (Olimpíada Paraibana de Informática) e da OBI, o qual tem incentivado muitos alunos paraibanos a participar de competições.
Isso não é apenas um mérito para o Brasil, mas, em particular, é um grande mérito para a Paraíba, que em muitos momentos sofre preconceito, mostrando que o estado não possui apenas São João, seca e pobreza, mas, também, é um pólo tecnológico, com um dos melhores cursos de Ciência da Computação do país e, agora, com o primeiro estudante do país a conquistar uma medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Computação. É uma pena que notícias como essa não sejam repercutidas em âmbito nacional.
Veja mais fotos aqui.
Alguns links sobre a premiação:
http://www.ime.usp.br/index.php?option=com_eventlist&view=details&id=428%3Abrasil-ganha-sua-primeira-medalha-de-ouro-na-ioi-com-treinador-do-ime&Itemid=668
http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2011/07/brasil-conquista-primeiro-ouro-da-historia-na-olimpiada-internacional-de-informatica.html
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=ouro-olimpiada-internacional-informatica
http://www.iparaiba.com.br/noticias.php?noticia=202435&categoria=2
Grupo PET Computação UFCG, 2011. All rights reserved.
