PET-
Professor Camilo, como foi formada a chapa?
Camilo:
O nosso centro fez uma formatação de chapa totalmente
diferente dos outros novos centros. Aqui em computação
foi convocada uma reunião com os professores para discutir a
instalação do novo centro. Nessa reunião, depois
de muita discussão, o pessoal do DSC entendeu que deveríamos,
nesse primeiro momento, fazer todo o esforço possível
para que a gente tivesse uma chapa de consenso nos dois centros, para
evitarmos brigas internas por motivos políticos ou de política
partidária. O pessoal que estava presente na reunião entendia
que saindo unido o centro teria condições de evoluir muito
mais rapidamente do que se saísse com divisões internas.
Porque na hora em que você tem duas ou três chapas isto
é importante pelo debate de idéias, mas também
pode haver resultados desastrosos, como pessoas que não sabem
perder, ficam desgostosas e acabam por fazer oposição
sistemática, oposição por oposição,
e isso é obviamente ruim para o centro.
Daqui de Computação, depois de uma reunião, entendeu-se
que o vice deveria ser ou o professor Fubica ou eu. Fubica entendeu
que deveria ser eu, etc, resumindo, o departamento entendeu que eu seria
um nome que poderia compor esta chapa tranquilamente e preferencialmente
para vice, já que elétrica tem um departamento bem maior
(são cerca de 50 professores, contra 27 do DSC). Na Engenharia
Elétrica houve alguma coisa parecida. Na Elétrica, também
depois de uma reunião, chegaram a uma situação
que apontava dois nomes de possíveis candidatos. Um deles (Antônio
Marcos) achou que seria mais importante, para manter a unidade no seu
departamento, que fosse candidato a chefe de departamento (cargo agora
denominado coordenador administrativo) e não a diretor de centro.
O outro possível candidato era o professor Wellington. Nós
nos damos muito bem, há bastante tempo, e a gente conversou e
conclui que podia montar uma chapa. Bom e daí, formou-se a chapa.
Dessa forma, tanto o DSC como o departamento de Elétrica estão
caminhando no sentido de ter unidade internamente.
PET-
Então se caminha para uma chapa única?
Camilo:
Bem, na Computação o pessoal está caminhando para
ter possivelmente uma chapa única. Isso não está
definido ainda. Na verdade não seria nem uma chapa única,
seria na realidade uma chapa consensual. Até hoje pela manha
(12 de agosto), nós não tínhamos nenhuma outra
chapa inscrita e eu não sei se nesse tempo alguém formou
outra chapa diferente da acordada. Havendo outra chapa é bom
pelo debate e que vença o que tiver mais voto. De modo contrário,
havendo uma chapa só, isso indica, pelo menos, que não
houve desunião. É de outro lado desanimador para um eleitor
dizer – “Mas eu não tenho nem o direito de escolha?”.
Bem, é essa a nossa situação. Nos outros centros
novos me parece que cada um terá três chapas.
PET-
Quais as propostas? E com elas quais as previsões para o novo centro?
Camilo:
Nós conversamos com pessoas do departamento, com pessoas da Elétrica,
com pessoas de muita experiência, e nossa idéia é
de primeiro, uma estrutura light, uma estrutura extremamente simples,
que seja ágil com poucas pessoas na direção (pessoal
de apoio). É importante notar qual papel queremos para o centro.
Queremos um centro que dê apoio, mas apoio no sentido de fomento,
incentivo, às atividades das unidades acadêmicas. Nesse
sentido, esperamos conseguir apoiar todas as atividades acadêmicas,
e aí estão equipe de departamento, de graduação,
pós-graduação e atividades de extensão,
para que elas realizem seus trabalhos da maneira mais eficiente e melhor
possível. Por exemplo, recentemente obtivemos quatro estrelas
na avaliação do guia do estudante. E por aí professores
perguntam: “O que vamos fazer para buscar a quinta estrela?”.
Ótimo. Quer dizer, em épocas passadas, coordenadores até
tentavam, mas esbarravam na demanda de diversos outros setores. Agora
nós temos um centro relativamente pequeno, com duas unidades
acadêmicas, dois cursos de graduação, dois mestrados,
dois doutorados, e então se tornou um grupo muito mais unido
no sentido de, se sabemos que temos uma determinada necessidade na Computação
ou na Engenharia Elétrica então vamos brigar, vamos atrás
de recursos para resolver essa necessidade. Então eu acredito
que quem quer que vá para uma direção do Centro
de Engenharia Elétrica e Informática tem, primeiro a obrigação,
e depois condições de apoiar as atividades das unidades
acadêmicas. Por exemplo, a Miniblio hoje é mantida basicamente
com recursos da pós-graduação e de convênios.
Então, será que não há nada que a gente
possa, institucionalmente, fazer para melhorar a biblioteca? Eu acredito
que sim. Hoje, a universidade recebe uma verba que, se dividida igualmente,
dá pouco mais de 1.000 reais para cada curso de graduação.
E isso depois de muita luta do Reitor. Em nossa área, em que
os títulos bons são importados, dá pra comprar
o quê? Cinco, seis títulos, e olhe lá. Eu falo de
biblioteca, mas isso se aplica da mesma forma a laboratórios.
Por exemplo, nós temos laboratórios hoje funcionando graças
a projetos. As máquinas novas do lcc foram conseguidas graças
ao trabalho do professor Walfredo. E não faltou esforço
da coordenação junto à universidade. Quando a universidade
compra, por exemplo, 50 computadores, depois de dividido para todos,
nos sobra uma máquina, e colocar uma única máquina
num laboratório não vai fazer diferença. E nos
resta correr atrás desses recursos. Como nós vamos estar
unidos, trabalhando em bloco, em busca desses recursos, eu acredito
que nós vamos ter mais condições e agilidade para
obtê-los. Por exemplo, hoje nós não temos um horário
mais decente, e mais salas de aula porque não temos a sala. Então,
questões como salas de aula, laboratório, biblioteca e
diversas outras coisas, são motivos para nos debruçar
sobre elas e procurar soluções. E questões até
mais simples, que vínhamos brigando por elas há algum
tempo, e acredito que não está muito longe de conseguirmos,
visto que outros setores já se sensibilizaram. Por exemplo, questão
de horário. O nosso que é de 7:00 as 13:00, porque temos
que muitas vezes nos adequar ao horário de outros departamentos.
Então estamos defendendo junto à administração
superior que o horário da Universidade Federal de Campina Grande,
pelo menos o campus I, passe a funcionar de 7:00 as 11:00 da manhã,
hoje é de 8:00 as 12:00, e os cursos que quiserem utilizam o
horário de 11:00 às 13:00, com isso passamos a ter todas
as disciplinas em duas horas e melhora pra todo mundo. E dessa forma,
com coordenadores, chefes de departamento e diretoria correndo atrás,
eu acredito que consigamos isso. Nesse sentido a divisão de CCT
se torna extremamente benéfica pra gente. Não é
que com a divisão do centro teremos mais recursos, e sim que
ficamos mais unidos para brigar por eles. Dessa forma se tem mais liberdade
para buscar e gerir recursos, aplicando-os diretamente no que se quer.
PET-
Um dos objetivos da divisão do CCT é promover a expansão
da universidade. Quais as medidas para se conseguir isto?
Camilo:
Eu estive falando com Wellington e notamos a necessidade de crescimento
de fato. Agora a gente tem de deixar bem claro o que é esse crescimento.
A chapa vai propor a criação de novos cursos, articulados
com os departamentos? Não sei. Isso vai depender muito das condições
que tivermos para tanto. Primeiro nós devemos manter os cursos
já existentes funcionando da melhor maneira possível.
Nesse ponto pode se pensar que já estamos bem, Computação
conseguiu 4 estrelas, Elétrica cinco. As nossas quatro têm
sabor especial, pois nós temos no Brasil mais de 250 cursos de
Ciência da Computação, dos quais uns 15 com quatro
ou cinco estrelas. Então nós estamos aí entre os
melhores cursos. Cursos de Elétrica há bem menos obviamente,
mas é um curso tradicional e mantém-se aí firme
com as suas cinco estrelas. Além do quadro de professores, altamente
qualificado. Dessa forma o crescimento não deve ser feito apenas
no sentido físico ou de criação de mais cursos,
e sim um crescimento primeiramente qualitativo. Estamos bem, mas se
é possível melhorar então vamos melhorar. Então,
para promover esse crescimento qualitativo, no que depende da direção
de centro, pode-se basear em ações simples, como apoio.
Se há algum lugar para conseguir os recursos então nós
vamos atrás. O segundo ponto é: Devemos criar novos cursos
num espaço de tempo pequeno? Eu diria que pequeno não.
No médio prazo talvez sim. As pessoas vêem ações
do Governo Federal, do Ministério da Educação,
para expansão da universidade pública e muitas vezes nos
perguntam – “Por que vocês só oferecem 70 vagas
por ano, 35 por período?”. Eu respondo que nós só
oferecemos 35 porque só podemos oferecer 35. Então, o
que se precisa para aumentar essas vagas? Muito pouco. Precisamos de
algumas máquinas a mais e, ou mais dois professores ou um ambiente
físico maior. E digo ou, e não e. Por exemplo, as nossas
salas maiores são a CD107 e a RE08 , em que a gente matricula
48, no máximo 50 alunos. Ambas trabalham no limite. Acontece
que com 10, 15 cadeiras a mais, nós teríamos nosso problema
resolvido, pois não precisaríamos de um nova turma, as
existentes já absorveriam o aumento de alunos. Ou seja, precisaríamos
de mais cadeiras e de mais alguns metros de área. Coisas simples.
O problema de máquinas sempre vai existir, mas é progressivo,
ou seja, se aumentarmos mais 15 alunos, não é necessário
que imediatamente aumentemos nosso laboratório em mais 15 computadores.
Ou seja, deve-se ter um plano estruturado para expansão. Por
exemplo, se vai criar novos cursos, então que seja um curso noturno.
Nós temos uma estrutura cara, pesada, que é relativamente
subutilizada. Por exemplo, o uso do lcc pela manhã é pequeno,
poderia ser melhor utilizado, nesse horário, por uma turma noturna.
Para um curso noturno teríamos uma outra modalidade, não
um curso de Ciência da Computação ou uma Engenharia,
até mesmo porque não é possível, já
que o MEC não recomenda. Seriam cursos como bacharelado em Sistemas
de Informação, curso de Informática, ou algo nessa
linha. Criação de cursos desse tipo atenderia uma demanda
social e aproveitaria a estrutura que temos. É claro que para
criação de um novo curso um projeto de expansão
deve ser muito bem planejado. E como a política do governo federal
é de expansão, possivelmente conseguiríamos recursos
para implantação desses cursos. Deixamos claro que esse
não é o objetivo para um primeiro momento, mas quem sabe
depois de discussão podemos trabalhar nesse sentido.
PET-
Como proposta para expansão o senhor citou a criação
de cursos noturnos. Há demanda para esses cursos?
Camilo:
Eu não tenho nenhuma dúvida de que um curso noturno seria
um sucesso em termo de demanda. Claro que o perfil do aluno é
outro. Quando se pensa em um curso noturno se vai atender principalmente
o pessoal que trabalha e quer uma formação complementar.
Nesse sentido, o CCT só oferece o curso de Licenciatura em Matemática.
Dessa forma a UFCG peca em não oferecer cursos noturnos. A decisão
de implantação de um curso não vem de uma única
pessoa, seja diretor, vice-diretor ou coordenador, e sim de um colegiado.
É claro que na hora da discussão pode ser que o pessoal
veja problemas na implantação de um curso noturno e diga:
“Não, nós vamos abrir mais um curso diurno.”.
Dessa forma, qual seria o curso? Eu não sei lhe dizer. Mas tenho
opiniões minhas que não representam a opinião da
chapa, enfim, por exemplo, O professor Camilo acha que não deveríamos
ter um curso de Engenharia da Computação. Daí eu
tenho minhas convicções para isso. No Brasil nós
temos menos de dez cursos de Engenharia da Computação.
Daí se pergunta: “Mas tendo tão pouco não
seria bom criar um curso? Haveria muita procura etc.”. Aí
a questão é complicada. Há tão pouco porque
não existe demanda para o profissional que sai desses cursos.
Claro que essa é uma opinião minha, e se a idéia
para a implantação de um curso desse surgisse deveríamos
pensar direito a respeito. Se um centro tem um curso de Ciência
da Computação e de Engenharia Elétrica muitas vezes
ele tem capacidade de ter uma Engenharia da Computação.
Base de competência instalada nós temos para isso. Pra
parte de Hardware temos o pessoal da Elétrica que é afiadíssimo.
Temos aqui também Elmar, Eustáquio e Joseana que formam
um time de primeiríssima linha, que onde chegarem fazem bonito.
A preocupação, e daí como eu sou muito pragmático,
é sempre o mercado. Não podemos formar um profissional
que o mercado não esteja procurando. Ou, seja, devemos ver que
temos uma dívida para com a sociedade que nos paga. Mas claro
que para isso deveríamos ver dados atualizados etc. É
só uma opinião minha. Eu preferiria muita mais uma Engenharia
de Telecomunicações, um curso de Tecnólogo em Telecomunicações,
alguma coisa mais prática.
PET-
das propostas, informadas na carta de candidatura, assinada pelo senhor
e pelo professor Wellington, é a criação de um centro
com estrutura leve. Como seria esse centro?
Camilo:
É um centro com uma estrutura o mais simplificado possível.
Trata-se da manutenção de uma estrutura ágil, com
poucas pessoas e que se possa com isso ganhar tempo na resolução
dos problemas. De certa forma nossa idéia é criar uma
estrutura o menos burocrática possível.
PET-
Um centro com estrutura deste tipo não seria, de certa forma, enfraquecido?
Camilo:
Não diria enfraquecido. Mas o diretor, ou vice-diretor de um
centro com uma estrutura leve certamente ficaria menos “importante”
diante de seus pares, sejam coordenadores ou chefes de departamentos,
do que um diretor de um centro com estrutura dita pesada, em que tudo
dependa dele e etc. A gente quer é que as unidades sejam o mais
independente possível. Mas claro que há diretrizes gerais
que são tratadas pela direção e o que for relativo
às unidades que seja tratado pelas unidades. Do ponto de vista
do “poder” em si, há uma diminuição
do poder certamente.
PET-
Dessa forma, como seriam as decisões que deviam sair diretamente
do CEEI, não sendo necessariamente tomadas nas unidades acadêmicas?
Camilo:
Há coisas das quais nós não podemos fugir, digamos,
da direção. Determinadas decisões, estatutariamente
são decisões coletivas, decisões tomadas por um
conselho. Por exemplo, nós temos vários conselhos em cada
centro. Aqui nós temos o CEPE, que é o Conselho de Ensino
Pesquisa e Extensão. Desse conselho fazem parte, além
da direção, os coordenadores de graduação,
pós-graduação e de Extensão de cada centro.
E cada centro tem seu CEPE. Há muitas coisas na universidade
que são regulamentadas pelo conselho, ou seja, as várias
células da universidade não têm que funcionar do
mesmo jeito. Então, na medida do possível, as decisões
que forem coletivas, no que precisarem da posição da diretoria,
certamente nós vamos encaminhar para que elas sejam certamente
as mais simples. Vamos tentar, logicamente respeitando as normas da
instituição, transferir para a base o poder de decisão.
Por exemplo, recentemente o colegiado do curso autorizou três
alunos a se matricularem em mais créditos do que poderiam. Ou
seja, o colegiado analisou e chegou à conclusão que isso
seria importante. Esses alunos tiveram o pedido indeferido pela Pró-reitoria
de graduação. Com este exemplo quero mostrar que o colegiado
do curso perde o poder de decisão sobre aspectos que são
inerentes ao curso. Não há dúvidas que o colegiado
do curso conhece muito melhor a realidade dos alunos e do curso do que
alguém que analisa friamente apenas documentos. Ou seja, se concluímos
que algo não fere regimento, não fere estatuto, e que
pode ser resolvido por uma distância de nível inferior
então será decidido lá. Outro exemplo é
quando um professor de um dado departamento precisa apresentar algum
trabalho científico em um congresso. Ele precisa entrar com um
processo altamente complicado, que requer diversos documentos, e com
antecedência de 90 dias, o que nem sempre é possível.
O processo, passa pelo departamento, passa pelo conselho de centro e
pela administração superior para que o professor seja
oficialmente liberado. Ou seja, a tramitação poderia ser
muito mais simplificada. Se o departamento em que ele é lotado
entende que o trabalho é importante e pode custear passagem e
estadia, então que a autorização seja concedida
pelo departamento.
PET-
Em se tratando de uma administração descentralizada há
a necessidade de uma fiscalização. Como seria realizada?
Camilo:
Como o centro é relativamente pequeno esse tipo de acompanhamento
é fácil de fazer. Têm-se as reuniões de conselho,
o que torna o trabalho simples e fácil de fazer, além
de necessário.
PET-
Ao se falar de recursos, e sabemos na prática disto, não
podemos esperar apenas pela ação do governo. Dessa forma,
como agiria a direção em relação às
parcerias?
Camilo:
Os departamentos de Engenharia Elétrica e Computação
possuem um histórico de parcerias com empresas, com outras universidades
públicas e privadas e dessas parcerias sempre tiramos proveitos
interessantes. Por exemplo, ao comparar o aluno que formamos hoje com
o aluno que formávamos há 15 anos, observamos uma diferença
imensa. Enquanto o aluno formado há quinze anos saía daqui
com a visão que o professor pegava de livros e com um pouco de
experiência que alguns adquiriam em empresas - e essa ainda é
a realidade de, diria 90% ou mais, dos cursos brasileiros da área
de Computação - hoje, muitos de nossos alunos estão
envolvidos em projetos, o professor que é responsável
por um projeto está trabalhando com um assunto que é atualizadíssimo,
e que existe um parceiro por trás, que é uma empresa que
desenvolve tecnologia, altamente interessada no resultado daquele produto.
Então ensinamos em sala de aula baseados na vida real. Isso trouxe
um outro patamar para o nosso curso. Em uma parceria dessa, uma pequena
verba fica para a universidade, que ainda é dividida, parte para
a reitoria e parte para as unidades acadêmicas. E trata-se de
uma briga para que a parcela menor fique com a reitoria e a maior fique
com as unidades acadêmicas. Esse é um papel certamente
do diretor de centro. È graças às parcerias que
possuímos a estrutura atual e que não é a que queríamos,
pois é o nosso desejo um ambiente muito mais agradável
para todo mundo. É através de parcerias que se consegue
recursos que de outra forma não conseguiríamos de jeito
algum. E não apenas parcerias com empresas, mas também
com outras universidades. Agora, com a aprovação do novo
estatuto da universidade foi criada, para cada setor, para cada unidade
acadêmica, uma coordenação de extensão. Com
isso a possibilidade de parcerias aumenta muito, seja através
de cursos para empresas, cursos pra especialização em
parceria com outras universidades, cursos para a comunidade entre outras
atividades. Ou seja, trata-se de um trabalho voltado para a manutenção
e expansão de parcerias com universidades, empresas e o estudo
extensivo.
PET-
Pela carta de candidatura, ficou implícita a idéia do “pensar
e repensar coletivamente”. Pra terminar, quais as palavras do senhor
sobre isto?
Camilo:
Na verdade, aqueles que forem instalar o centro, seja Wellington, Camilo,
ou quem quer que seja, serão responsáveis por tocar uma
política maior que tem que sair aqui da base mesmo. Não
adianta pensar que Wellington vai implantar um modelo de gestão
que ele tem na cabeça ou que Camilo vai implantar o que ele pensa.
Na realidade, até pelo tamanho do centro, com cerca de 75 professores,
pessoas que se vêem todo dia, então quem está lá
em cima está muito mais como representante desse grupo e implantando
o que for melhor para a maioria. É claro que quando o recurso
é curto devemos pensar juntos e decidir qual é a prioridade,
fazer bem a relação demanda/recurso. É claro que
administrar um centro, mesmo que pequeno, significa criar atritos muito
frequentemente, mas nós somos conscientes disso e vamos fazer
o que estiver ao nosso alcance. E se não deu, paciência,
certamente não se consegue agradar a grande maioria, mas pelo
menos boa parte a gente consegue. Nosso compromisso é sempre
o de tentar melhorar, e se a gente persegue isso todo dia e toda noite
as chances de obtenção de sucesso são bem boas.
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