5 - ESTRUTURAS DE CONTROLE

 

5.1. LAÇOS

 

         Os laços são estruturas de programação em forma fechada, cuja execução geralmente é feita de modo repetitivo. A execução destes trechos de programa pode ser controlada de forma automática com comandos tais como FOR, WHILE e REPEAT (estes laços serão tratados neste texto), ou então com auxílio de instruções de desvio (não serão tratados neste texto).

         Os laços formados com estrutura de repetição automática são os mais usados e pertencem a uma de duas categorias:

         1 - Laços com número prefixado de iterações - escritos em PASCAL com auxílio do comando FOR e

         2 - Laços com número não fixado de iterações - escritos em PASCAL com auxílio dos comandos WHILE ... DO e REPEAT ... UNTIL.

         Em ambos os casos, os laços podem depender apenas de valores internos ao programa ou então ser mais abrangentes e depender de valores externos (quando utilizam variáveis cujo valor é obtido do meio exterior com auxílio de um comando de leitura).

 

 5.1.1. LAÇOS COM NUMERO PREFIXADO DE ITERAÇÕES

 

         Os laços com número prefixado de iterações são utilizados quando já se conhece com exatidão, pela natureza do problema a ser resolvido, o número de vezes que um determinado comando (ou grupo de comandos) deve ser executado.

         Na linguagem PASCAL estes laços são escritos com a utilização do comando FOR.

         Suponhamos, a título de ilustração, que devemos encontrar uma solução para o seguinte problema:

         Escrever um programa PASCAL que leia quatro (04) valores inteiros e, para cada um dos valores imprima:

         - o valor lido;

         - o quadrado do valor;

- o cubo do valor.

 

Uma possível solução seria:

 

PROGRAM GRANDE;

VAR

    V1, V2, V3, V4, Q1, Q2, Q3, Q4, CB1, CB2, CB3, CB4: INTEGER;

    /* Cada Vi representa um valor lido */

    /* Cada Qi representa o quadrado do valor Vi */

    /* Cada Cbi representa o cubo do valor Vi */

BEGIN

/* PARA O PRIMEIRO VALOR... */

    WRITELN('INFORME UM VALOR INTEIRO');

    READLN(V1);

    Q1  := SQR(V1);

    CB1 := V1 * Q1;

    WRITELN('VALOR 1=', 'QUADRADO=', Q1, 'CUBO=', CB1);

/* PARA O SEGUNDO VALOR... */

    WRITELN('INFORME UM VALOR INTEIRO');

    READLN(V2);

    Q2  := SQR(V2);

    CB2 := V2 * Q2;

    WRITELN('VALOR 2=', V2, 'QUADRADO=', Q2, 'CUBO=',           CB2);

/* PARA O TERCEIRO VALOR ... */

    WRITELN('INFORME UM VALOR INTEIRO');

    READLN(V3);

    Q3  := SQR(V3);

    CB3 := V3 * Q3;

    WRITELN('VALOR3=', V3, 'QUADRADO=', Q3, 'CUBO=', CB3);

/* FINALMENTE, PARA O QUARTO VALOR... */

    WRITELN('INFORME UM VALOR INTEIRO');

    READLN(V4);

    Q4  := SQR(V4);

    CB4 := V4 * Q4;

    WRITELN('VALOR 4=', V4, 'QUADRADO=', Q4, 'CUBO=', CB4)

END.

 

         A solução anterior pode e deve ser melhorada de várias maneiras. Primeiro, a leitura dos quatros valores poderia ser feita de uma só vez. Segundo, como após a impressão dos valores referentes a cada número lido, os valores não mais são utilizados, não haveria necessidade de várias variáveis para armazenamento dos quadrados e dos cubos - isto poderia ser feito com apenas duas variáveis (Q e CB, respectivamente). Desta forma, o programa melhorado seria:

 

PROGRAM MELHORADO;

VAR

    V1, V2, V3, V4, Q, CB: INTEGER;

    /* Cada Vi representa um valor lido */

    /* Q representa um quadrado, em cada instante */

    /* CB representa um cubo, em cada instante */

BEGIN

/* PARA O PRIMEIRO VALOR... */   

    WRITELN('INFORME QUATRO VALORES INTEIROS');

    READLN(V1, V2, V3, V4);

    Q  := SQR(V1);

    CB := V1 * Q;

    WRITELN('VALOR 1=', V1, 'QUADRADO=', Q, 'CUBO=',CB);

/* PARA O SEGUNDO VALOR... */

    Q  := SQR(V2);

    CB := V2 * Q;

    WRITELN('VALOR 2=',V2,'QUADRADO='Q,'CUBO=',CB);

/* PARA O TERCEIRO VALOR ... */

    Q  := SQR(V3);

    CB := V3 * Q;

    WRITELN('VALOR3=', V3, 'QUADRADO=', Q, 'CUBO=', CB);

/* FINALMENTE, PARA O QUARTO VALOR ... */

    Q  := SQR(V4);

    CB := V4 * Q;

    WRITELN('VALOR 4=', V4, 'QUADRADO=', Q, 'CUBO=', CB);

END.

 

         Por outro lado, como os valores dos quadrados (Q) e dos cubos (CB) estão sendo utilizados apenas temporariamente até a hora da impressão e, neste caso, não têm nenhuma outra finalidade, estes cálculos podem ser efetuados diretamente nos comandos de impressão, mesmo perdendo um pouco da legibilidade do programa que passa a ser:

 

PROGRAM DIRETO;

VAR

    V1, V2, V3, V4: INTEGER;

    /* CADA Vi REPRESENTA UM VALOR LIDO */

BEGIN

    WRITELN('INFORME QUATRO VALORES INTEIROS');

    READLN(V1, V2, V3, V4);

/* PARA O PRIMEIRO VALOR... */

    WRITELN('VALOR 1=', V1, 'QUADRADO=', SQR(V1), 'CUBO=',          V1 * SQR(V1));

/* PARA O SEGUNDO VALOR... */

    WRITELN('VALOR=', V2, 'QUADRADO=', SQR(V2), 'CUBO=',            V2 * SQR(V2));

/* PARA O TERCEIRO VALOR... */

    WRITELN('VALOR3=', 'QUADRADO=', SQR(V3), 'CUBO=',V3 *           SQR(V3));

/* PARA O QUARTO VALOR... */

    WRITELN('VALOR4=', V4, 'QUADRADO=', SQR(V4), 'CUBO=',           V4 * SQR(V4));

END.

 

         Nenhuma das soluções anteriores, entretanto, é adequada ao problema caso queiramos modificar o programa anterior de maneira que ele passe a funcionar para cinqüenta valores.

         Neste caso, a melhor opção passa a ser a utilização do comando FOR. Com este comando, o programa DIRETO, que funciona para quatro valores, poderia ser reescrito da seguinte maneira, lendo um valor de cada vez:

 

PROGRAM PEQUENO;

VAR

    V, Q, CB, K: INTEGER;

    /* V representa um valor lido, em cada instante */

    /* Q representa um quadrado, em cada instante */

    /* CB representa um cubo, em cada instante */

BEGIN

/* PARA O K-ésimo valor ... */

    FOR K := 1 TO 4 DO

         BEGIN

             WRITELN('INFORME UM VALOR INTEIRO');

             READLN(V);

             WRITELN('VALOR=', V, 'QUADRADO=',                           SQR(V),'CUBO=', V * SQR((V))

    END

END.

 

         Para modificar o programa PEQUENO de modo que funcione para cinqüenta valores inteiros, e atenda ao solicitado, a única mudança necessária é substituir o número 4 pelo número 50 no comando FOR.

COMO UTILIZAR O COMANDO FOR.

         Como já afirmamos anteriormente, o comando FOR destina-se à repetição automática de um (01) comando PASCAL, enquanto que uma série de valores é atribuída à variável de controle, e aplica-se ao comando que o segue. O comando a ser executado pelo comando FOR pode ser qualquer comando simples ou composto. Um comando composto é formado por qualquer grupo de comandos delimitado por um par BEGIN ... END, podendo ser utilizado em qualquer ponto do programa onde possa vir um comando PASCAL.

A forma geral do comando FOR é:

 

    FOR id := VrInic {TO }    VrFin DO

                     {DOWNTO}

         Comando;

 

Onde:

FOR - é uma palavra reservada em PASCAL - identifica o comando FOR;       

id - é um identificador (nome de variável);

VrInic - é o valor inicial que será atribuído à variável de controle (não necessariamente será 1), podendo ser de qualquer tipo escalar simples, exceto REAL;

TO - é uma palavra reservada, parte integrante do comando FOR;

DOWNTO - é uma palavra reservada, parte integrante do comando FOR;

VrFin - é o valor final a ser atribuído à variável de controle;

Comando - é o comando a ser repetido.

 

         A variável de controle (id) deve ser do mesmo tipo (qualquer tipo simples, exceto REAL) que o valor inicial e que o valor final.

         A opção TO indica que os valores serão atribuídos em ordem crescente à variável de controle: caso VrFin seja menor que VrInic, o comando FOR não terá nenhum efeito - o comando que o segue não será executado.

         A opção DOWNTO indica que os valores serão atribuídos em ordem decrescente à variável de controle: caso VrInic seja menor que VrFin, o comando que segue o FOR não será executado.

         É importante lembrar que a variável de controle não pode ter seu valor alterado dentro do domínio do comando FOR pois isso traria resultados imprevisíveis. Por outro lado, o valor da variável de controle não deve ser utilizado após a execução completa do comando FOR pois este valor dependerá do compilador que estiver sendo utilizado e pode ser indefinido em alguns casos.

         Em algumas situações será interessante utilizar o valor da variável de controle para indicar o número da iteração que está sendo executada em um dado instante. Por exemplo, o segundo comando de impressão do programa PEQUENO poderia ser reescrito como:

 

    WRITELN('VALOR', K, '=', V, 'QUADRADO=', QR(V), 'CUBO=', V * SQR(V));

 

         Esta modificação faria com que a cada nova execução do comando acima, fosse impresso um novo valor da variável K - este valor corresponde em cada instante ao número da atual iteração visto que a variável de controle teve valor inicial igual a um (01).

 

OUTRO EXEMPLO

 

         Anteriormente apresentamos um programa para cálculo da média parcial de um aluno da disciplina Introdução à Ciência da Computação. O que seria necessário fazer com o programa de modo que ele calculasse a média parcial para cinqüenta (50) alunos? A solução seria introduzir um comando FOR para repetir cinqüenta vezes o trecho de programa que calcula a média para um só aluno. Assim o novo programa seria:

 

PROGRAM MEDIAS;

VAR

    P1, P2, E1, E2, E3, E4, M_PARCIAL: REAL;

/* P1 e P2 São as provas parciais */

/* Cada Ei representa a nota da i-ésima lista de exercícios */

    K: INTEGER;

    M_PROVAS, M_EXERC: REAL;

BEGIN

    FOR K := 1 TO 50 DO

         BEGIN

             WRITELN('INFORME AS NOTAS DAS DUAS PROVAS');

             READLN(P1, P2);

             WRITELN('INFORME AS NOTAS DOS QUATRO EXERCICIOS');

             READLN(E1, E2, E3, E4);

             M_PROVAS := (P1 + P2) / 2.0;

             M_EXERC := (E1 + E2 + E3 + E4) / 4.0;

             M_PARCIAL := M_PROVAS * 0.8 + M_EXERC * 0.2;

             WRITELN('PROVA1=', P1: 5: 1, 'PROVA2=', P2: 5: 1);

             WRITELN('EXERCICIO1=', E1: 5: 1, 'EXERCICIO2=', E2: 5: 1,

    'EXERCICIO3=', E3: 5: 1, 'EXERCICIO4=', E4: 5: 1);

             WRITELN('MEDIA PARCIAL=', M_PARCIAL: 6: 2)

         END

END.

 

5.1.2. LAÇOS COM NUMERO NÃO FIXADO DE ITERAÇÕES

         Os laços com número não fixado de iterações são utilizados quando não se conhece com exatidão o número de vezes que um determinado comando (simples ou composto) deve ser executado. Nestas situações, em função do tipo de problema a ser resolvido, o número de iterações é dependente de computações internas ao programa. Em PASCAL estes laços são escritos utilizando os comandos WHILE ... DO e REPEAT ... UNTIL.

 

WHILE ... DO

 

         Como exemplo inicial, consideremos o seguinte problema:

         Escrever um programa PASCAL que leia valores inteiros seguidamente, até encontrar um valor nulo. Para cada valor lido, exceto o último, o programa deve imprimir: o valor lido, o quadrado do valor e o seu cubo.

         Utilizando o comando WHILE na solução, obtemos:

 

PROGRAM REPETITIVO;

VAR VALOR: INTEGER;

BEGIN

/* PARA O PRIMEIRO VALOR ... */

    WRITELN('INFORME UM VALOR INTEIRO');

    READLN (VALOR);

/* PARA TODOS OS VALORES, EXCETO O ULTIMO...*/

    WHILE VALOR <> 0 DO

    BEGIN

         WRITELN('VALOR LIDO=', VALOR, 'QUADRADO=',

                SQR(VALOR), 'CUBO=', VALOR * SQR(VALOR));

         READLN(VALOR)

    END

END.

 

         Ao analisar a solução apresentada, você constatará que o último valor lido atenderá ao solicitado na condição do comando WHILE e não mais será repetida a execução do trecho de programa dependente do comando WHILE. Observe que o trecho de programa será repetido enquanto não for lido um valor nulo. A forma geral do comando WHILE é:

 

    WHILE condição DO

         comando;

 

Onde:

WHILE - é uma palavra reservada em PASCAL - identifica o comando WHILE;

Condição - é uma condição lógica que deverá possuir no mínimo uma variável que obrigatoriamente já terá sido definida e cujo valor deverá mudar dentro do comando a ser repetido - do contrário poderá ser obtido um laço infinito;

DO - é uma palavra reservada da linguagem PASCAL - seu uso é obrigatório como parte integrante do comando WHILE;

Comando - é o comando a ser repetido, podendo ser um comando simples ou composto.

 

         O comando que segue o WHILE será repetido enquanto a condição for verdadeira - se o valor da condição for falso no início da execução, o comando não será executado. Considerando-se o fato de o comando que segue o WHILE não ser executado quando a condição for falsa, recomendamos a utilização do comando WHILE apenas para os laços onde não se deseja levar em consideração nos cálculos o último de uma seqüência de valores.

         Ao utilizar o comando WHILE o programador não pode esquecer que a variável que aparece na condição deve ter sido declarada e definida antes de ser utilizada na condição.

 

REPEAT ... UNTIL

 

         A exemplo do que ocorre com o comando WHILE , o comando REPEAT ... UNTIL é utilizado quando não se conhece com exatidão o número de vezes que um determinado comando (simples ou composto) deve ser repetido.

         As diferenças básicas no processamento são devidas ao fato de no comando WHILE o teste de parada ser efetuado no início do laço enquanto que no REPEAT o teste é efetuado no final do laço e, portanto, após a execução do comando (simples ou composto). Como conseqüências do teste no final do comando REPEAT temos:

1)    O comando (simples ou composto) será executado no mínimo uma vez; e

2)    a facilidade de inclusão do último de uma seqüência de valores no processamento. As variáveis da condição do comando REPEAT não necessitam ser definidas antes do início do REPEAT e, deste modo, sua definição ocorrerá exatamente no início do REPEAT.

A forma geral do comando REPEAT é

 

REPEAT

    comando

UNTIL condição;

 

Onde:

REPEAT - é uma palavra reservada - identifica o comando REPEAT;

comando - é o comando (ou grupo de comandos - os delimitadores BEGIN ... END são opcionais, neste caso) a ser executado;

UNTIL - é uma palavra reservada de uso obrigatório;

condição - é uma condição lógica que deverá possuir no mínimo uma variável e cujo valor deverá mudar dentro do comando a ser repetido - do contrário, poderá ser obtido um laço infinito.

 

Considere o problema:

         Determinar a temperatura média de João Pessoa em um certo período, sabendo-se que a última temperatura a ser informada é de 40 graus.

         Como não sabemos com exatidão quantas temperaturas serão informadas, não podemos utilizar o comando FOR. Da mesma forma, como o último dos valores deve ser considerado nos cálculos então o comando WHILE não é uma boa escolha: a opção mais recomendável é utilizar o comando REPEAT. O nosso programa será:

 

PROGRAM TEMPERATURA;

VAR

    TEMP: REAL;  /* CADA TEMPERATURA SENDO PROCESSADA */

    SOMA: REAL;  /* A SOMA DE TODAS AS TEMPERATURAS */

    TEMP_MED: REAL;  /* A TEMPERATURA MÉDIA */

    N_TEMP: INTEGER; /* O NUMERO DE TEMPERATURAS INFORMADAS */

BEGIN

    N_TEMP := 0; /* AINDA NÃO FOI INFORMADA NENHUMA TEMPERATURA*/

    SOMA := 0;   /* A SOMA INICIAL DAS TEMPERATURAS */

    REPEAT

         WRITELN('INFORME UMA TEMPERATURA');

         READLN(TEMP);

         N_TEMP := N_TEMP + 1; /*FOI LIDA UMA NOVA TEMPERATURA */

         SOMA := SOMA + TEMP; /* ACUMULA A TEMPERATURA LIDA */

         WRITELN('TEMPERATURA LIDA=',TEMP: 5: 1);

    UNTIL TEMP = 40.0;

/*A TEMPERATURA MÉDIA SERÁ DETERMINADA UMA ÚNICA VEZ   */

    TEMP_MED := SOMA / N_TEMP;

    WRITELN('TEMPERATURA MEDIA', TEMP_MED: 6: 2)

END.

 

         Sugerimos implementar e testar o programa TEMPERATURA no computador. Que modificações seriam recomendáveis caso não se desejasse incluir a última temperatura no cálculo da temperatura média?

 

5.2. DESVIOS

 

         A implementação de decisões sobre que caminho deve ser seguido em um dado ponto de um programa PASCAL é feita com a utilização de comandos condicionais. Os comandos condicionais permitem escolher entre rotas alternativas de um trecho de programa ou então desviar um comando ou bloco de comandos, em função de alguma condição lógica cujo valor é determinado na hora da execução do programa.

 

5.2.1. DESVIOS CONDICIONAIS

 

         Os desvios condicionais são os mais utilizados em programação. Os desvios condicionais são representados em PASCAL pelo comando IF e pelo comando CASE.

 

O COMANDO IF

 

O comando IF pode ser do tipo simples, quando tem a forma geral:

 

    IF condição THEN

         comando;

   

         Onde:

IF - é uma palavra reservada que identifica o comando IF;

condição - é uma condição lógica qualquer válida em PASCAL;

THEN - é uma palavra reservada em PASCAL - é parte integrante do comando IF;

Comando - é um comando (simples ou composto) que deverá ser executado apenas se a condição for verdadeira;

 

O comando IF pode ser também do tipo composto, quando tem a forma geral:

 

    IF condição

         THEN

             comando1

         ELSE

             comando2;

 

         Onde:

IF - é uma palavra reservada da linguagem PASCAL - identifica o comando IF;

condição - é uma condição lógica qualquer válida em PASCAL;

THEN - é uma palavra reservada da linguagem PASCAL - é parte integrante do comando IF composto;

comando1 - é o comando a ser executado caso o valor resultante da avaliação da condição     seja TRUE. Pode ser um comando simples ou composto;

ELSE - é uma palavra reservada de uso obrigatório - é parte integrante do comando IF composto;

comando2 - é o comando, simples ou composto, a ser executado caso o valor resultante da avaliação da condição seja FALSE.

 

O programa apresentado a seguir exemplifica a utilização do comando IF:

 

PROGRAM SIMPLES;

    /* DETERMINAR O MAIOR ENTRE DOIS INTEIROS */

VAR

    A, B: INTEGER;   /* OS INTEIROS QUE SERÃO LIDOS E COMPARADOS */

BEGIN

    WRITELN('INFORME DOIS VALORES INTEIROS');

    READLN(A, B);

    WRITELN('OS VALORES LIDOS FORAM:', A: 5, 'E ', B: 5);

    WRITE('O MAIOR DOS DOIS VALORES');

    IF A > B

         THEN WRITE ('EH:', A: 5)

         ELSE BEGIN

             IF B > A THEN WRITE('EH:', B: 5)

                 ELSE WRITE('NÃO PODE SER DETERMINADO: SÃO IGUAIS')

         END

END.

 

         Mas, se o problema fosse encontrar o maior de um grupo de 20 valores distintos, qual seria a solução? Vamos considerar os valores: 16, 3, 110, 7, 109, 151, 18, 100, 0 , -5, 3, 40, 19, 101, 25, 29, 103, 107, 210 e 190.

         Inicialmente, afirmamos que 16 é o maior até agora e determinamos o maior entre 16 e 3 através de uma comparação simples. A seguir, determinamos o maior entre 16 (maior até agora) e 110. Continuamos fazendo isto até chegar ao último dos valores. Como as ações serão sempre as mesmas para cada número do grupo, a partir do segundo, podemos utilizar um comando de repetição automática. Por outro lado, a quantidade de repetições é previamente conhecida e a opção passa a ser o comando FOR. O programa teria possivelmente a forma:

 

PROGRAM MAIOR;

    /* DETERMINA O MAIOR DE 20 INTEIROS DISTINTOS */

VAR

    VALOR_ATUAL: INTEGER;     /* O VALOR QUE ESTÁ SENDO PROCESSADO */

MAIOR_ATE_AGORA: INTEGER; /* O MAIOR VALOR DENTRE OS PROCESSADOS */

    K:INTEGER;   /* UMA VARIÁVEL AUXILIAR PARA O FOR */ BEGIN

    WRITELN('INFORME UM VALOR INTEIRO');

    READLN(VALOR_ATUAL); /* O PRIMEIRO DOS VALORES */

    MAIOR_ATE_AGORA := VALOR_ATUAL;   /*SO FOI LIDO UM VALOR ...*/

    FOR K := 1 TO 19 DO  /* PARA OS OUTROS 19 VALORES ...*/

    BEGIN

         WRITELN('INFORME UM VALOR INTEIRO');

         READLN(VALOR_ATUAL);

         IF VALOR_ATUAL > MAIOR_ATE_AGORA THEN

             MAIOR_ATE_AGORA := VALOR_ATUAL;

         WRITELN('VALOR LIDO=', VALOR_ATUAL: 6)

    END;

    WRITELN('O MAIOR DOS VALORES LIDOS EH:', MAIOR_ATE_AGORA')

END.

 

         Sugerimos implementar e testar o programa MAIOR no computador. Modifique o programa MAIOR de forma que ele determine o maior dos 2 primeiros, o maior dos 3 primeiros, ... o maior dos 19 primeiros e o maior dos 20 valores. Implemente e teste no computador a solução obtida.

 

O COMANDO CASE

 

         O comando CASE é uma estrutura de controle que permite a seleção de um entre vários caminhos alternativos para execução em um programa PASCAL - tem, portanto, o mesmo efeito que uma série de comandos IF aninhados.

         A seleção do comando a ser executado é feita comparando-se o valor da expressão_seletora com os vários rótulos do CASE.

         A forma geral do comando CASE é:

 

    CASE expressão_seletora OF

    lista_de_rótulos_1: comando_1;

    lista_de_rótulos_2: comando_2;

    .

    .

    .

    lista_de_rótulos_n: comando_n

    END;

 

Onde:

CASE -- é uma palavra reservada em PASCAL - identifica o comando CASE;  expressão_seletora - é uma expressão ou variável de qualquer tipo                    escalar simples exceto REAL;

OF - é uma palavra reservada em PASCAL - é parte integrante do comando              CASE;

lista_de_rótulos_i - é uma lista contendo uma ou mais constantes de tipo compatível com o tipo da expressão_seletora, separadas por vírgula;

comando_i - é um comando PASCAL qualquer (simples ou composto) que             será executado caso o valor calculado para expressão_seletora seja igual a uma das constantes da lista_de_rótulos_i, podendo inclusive ser um comando vazio.

 

         Cada rótulo que aparece em uma lista_de_rótulos deve ser de tipo compatível com o tipo da expressão_seletora e só pode aparecer em uma única lista_de_rótulos para cada comando CASE.

         Só será executado algum comando das várias opções especificadas no comando CASE se o valor computado para a expressão_seletora for igual a um dos rótulos especificados. A ação a ser desenvolvida quando o valor da expressão_seletora divergir de todos os rótulos especificados nas listas_de_rótulos do comando CASE dependerá do compilador que estiver sendo utilizado: alguns compiladores dispõem da opção OTHERWISE (ou a forma equivalente ELSE) para especificar o comando que deve ser executado quando o valor da expressão_seletora for diferente de todos os rótulos especificados nas várias listas_de_rótulos.

         O programa apresentado a seguir foi escrito para uma Pousada que desejava conceder descontos progressivos aos seus clientes. Os descontos são de 10, 20, 30 e 35 por cento para os clientes que se hospedarem por 1, 2, 3 e por 4 ou mais dias, respectivamente. A entrada para o programa de computador é formada pelo valor da diária e pelo número de diárias.

         Utilizando um ninho de comandos IF poderíamos ter:

 

PROGRAM POUSO_VELHO;

CONST

    TFAIXA1 = 1;

    FAIXA2 = 2;

    FAIXA3 = 3;

    FAIXA4 = 4..30;

VAR

    VALOR_DA_DIARIA, SUB_TOTAL, SERVIÇOS: REAL;

    VALOR_DA_NOTA, DESCONTO, VALOR_A_PAGAR: REAL;

    QUANT_DIARIAS: INTEGER;

BEGIN

    WRITELN('INFORME O VALOR DA DIARIA E A QUANTIDADE DE DIARIAS');

    READLN(VALOR_DA_DIARIA, QUANT_DIARIAS);

    SUB_TOTAL := QUANT_DIARIAS * VALOR_DA_DIARIA;

    SERVIÇOS := SUB_TOTAL * 0.1; /* DEZ POR CENTO */

    VALOR_DA_NOTA := SUB_TOTAL + SERVIÇOS; /* CALCULO DO  DESCONTO */

    IF QUANT_DIARIAS = FAIXA1

         THEN DESCONTO := 0.1 * VALOR_DA_NOTA

         ELSE IF QUANT_DIARIAS = FAIXA2

             THEN DESCONTO := 0.2 * VALOR_DA_NOTA

             ELSE IF QUANT_DIARIAS = FAIXA3

                 THEN DESCONTO := 0.3 * VALOR_DA_NOTA

                 ELSE DESCONTO := 0.35 * VALOR_DA_NOTA;

    /* CALCULO DO VALOR A PAGAR E SAIDA DOS RESULTADOS */

    VALOR_A_PAGAR := VALOR_DA_NOTA - DESCONTO;

    WRITELN('NUMERO DE DIAS: ', QUANT_DIARIAS: 3, 'VALOR DA DIARIA:',

    VALOR_DA_DIARIA: 8: 2, 'SUB_TOTAL: ', SUB_TOTAL: 9: 2);

    WRITELN('SERVIÇOS: ', SERVIÇOS: 7: 2, 'VALOR DA NOTA:          ',

VALOR_DA_NOTA: 9: 2, 'DESCONTO: ', DESCONTO: 9: 2,

'VALOR A PAGAR: ', VALOR_A_PAGAR: 9: 2)

END.

 

Substituindo o ninho de IFs por um comando CASE, obtemos:

 

PROGRAM POUSO_NOVO;

CONST

    TFAIXA1 = 1;

    FAIXA2 = 2;

    FAIXA3 = 3;

    FAIXA4 = 4 .. 30;

VAR

    VALOR_DA_DIARIA, SUB_TOTAL, SERVIÇOS: REAL;

    VALOR_DA_NOTA, DESCONTO, VALOR_A_PAGAR: REAL;

    QUANT_DIARIAS: INTEGER;

BEGIN

    WRITELN('INFORME O VALOR DA DIARIA E A QUANTIDADE DE DIARIAS');

    READLN(VALOR_DA_DIARIA, QUANT_DIARIAS);

    SUB_TOTAL := QUANT_DIARIAS * VALOR_DA_DIARIA;

    SERVIÇOS := SUB_TOTAL * 0.1; /* DEZ POR CENTO */

    VALOR_DA_NOTA := SUB_TOTAL + SERVIÇOS; /* CALCULO DO DESCONTO */

    CASE QUANT_DIARIAS OF

         FAIXA1: DESCONTO := VALOR_DA_NOTA * 0.1;

         FAIXA2: DESCONTO := VALOR_DA_NOTA * 0.2;

         FAIXA3: DESCONTO := VALOR_DA_NOTA * 0.3;

         FAIXA4: DESCONTO := VALOR_DA_NOTA * 0.35

    END;

/* CALCULO DO VALOR A PAGAR E SAIDA DOS RESULTADOS */

    VALOR_A_PAGAR := VALOR_DA_NOTA - DESCONTO;

    WRITELN('NUMERO DE DIAS: ', QUANT_DIARIAS: 3, 'VALOR DA DIARIA: ',

VALOR_DA_DIARIA: 8: 2, 'SUB_TOTAL: ', SUB_TOTAL: 9: 2);

    WRITELN('SERVIÇOS: ', SERVIÇOS: 7: 2, 'VALOR DA NOTA:          ',

VALOR_DA_NOTA: 9: 2, 'DESCONTO: ', DESCONTO: 9: 2,

'VALOR A PAGAR: ', VALOR_A_PAGAR: 9: 2)

END.

 

         Comparando as duas soluções você comprovará que a versão utilizando o comando CASE é mais legível que aquela utilizando o comando IF.

 

5.2.2. DESVIOS INCONDICIONAIS

 

         Os desvios incondicionais são implementados em PASCAL com a utilização do comando GOTO. O comando GOTO, quando é executado, desvia incondicionalmente a execução do programa para algum ponto especificado no comando. Tendo em vista que os desvios incondicionais tendem a obscurecer a lógica dos programas, a sua utilização não é recomendada e por essa razão o comando GOTO não será aqui apresentado - o nosso objetivo será sempre construir bons programas e isso só será conseguido quando nossos programas, antes de tudo, forem programas fáceis de ler e de entender por pessoas e não somente por máquinas.

         Um bom programa além de ser claro e fácil de ler, deve ser o mais genérico possível (não ser aplicável apenas a situações específicas) e sempre fornecer resultados corretos e confiáveis.

 

5.3. EXERCICIOS PROPOSTOS

 

1. Escreva um programa em PASCAL que a cada execução imprima dez vezes as informações do seu cartão pessoal.

2. Escreva um programa em PASCAL que leia um número inteiro N e imprima N vezes as informações do seu cartão pessoal.

3. Escreva um programa em PASCAL para gerar os cinqüenta primeiros termos da série: 1, 1, 2, 4, 3, 9, 4, 16, 5, 25, 6, 36, ...

4. Escreva um programa em PASCAL para gerar os cinqüenta primeiros termos da série: 2, 4, 4, 16, 6, 36, 8, 64, ..., e determinar a sua soma.

5. Escreva um programa em PASCAL para gerar os cinqüenta primeiros termos da série: 1, 2, 4, 7, 11, 16, 22, ...

6. Escreva um programa em PASCAL para gerar os cinqüenta primeiros termos da série: 1 + N, 2 * N, 3 + N, 4 * N, ..., onde N é um valor lido da unidade padrão de entrada.

7. Escreva um programa em PASCAL para gerar os quinze primeiros termos da série de FIBONACCI: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, ...

8. Escreva um programa em PASCAL para imprimir os termos da série de FIBONACCI menores que 10000.

9. Escreva um programa em PASCAL para ler um número inteiro N e, a seguir, gerar os N primeiros termos da série de FIBONACCI com auxílio da fórmula:

         fi = round(ci / Ö5), onde c = (1 + Ö 5) / 2.

10. Escreva um programa em PASCAL que leia um número inteiro qualquer e determine se o número que foi lido é par ou ímpar.

11. Escreva um programa em PASCAL para ler vinte números inteiros e determinar se cada um desses números é par ou ímpar.

12. Escreva um programa em PASCAL para ler um número inteiro N e imprimir o valor lido e os N primeiros números ímpares positivos.

13. Escreva um programa em PASCAL para ler um número inteiro N e imprimir os N primeiros números pares positivos.

14. Escreva um programa em PASCAL para ler um número inteiro K e imprimir os K primeiros números ímpares positivos e sua soma.

15. Escreva um programa em PASCAL para ler dois números inteiros M e N e, a seguir, imprimir os números pares existentes no intervalo [M, N]. Lembre-se que nem sempre M é um número par.

16. Escreva um programa em PASCAL para ler um número inteiro qualquer e determinar seu fatorial.

17. Escreva um programa em PASCAL para determinar o fatorial de dez números inteiros quaisquer.

18. Escreva um programa em PASCAL para ler seguidamente valores inteiros até que seja lido um valor nulo. Para cada valor lido, o programa deve determinar seu fatorial.

19. Escreva um programa em PASCAL para ler seguidamente valores inteiros até que seja lido um valor negativo. Para cada valor lido, exceto o último, o programa deve determinar seu fatorial.

20. Escreva um programa em PASCAL para determinar o número de combinações de n objetos tomados p a p, a partir de valores de n e p lidos da unidade padrão de entrada.

         Fórmula:    n                 n!

                                     = ----------

                            p          p!(n - p)!

21. Escreva um programa em PASCAL para calcular uma aproximação para Pi. A aproximação pode ser obtida de Pi = 4 - 4/3 + 4/5 - 4/7 + 4/9 - 4/11 + ... O programa deve encerrar o processamento quando a variação no valor calculado for inferior a 0.0001.

22. Escreva programas em PASCAL para cálculo da soma 1 - 1/2 + 1/3 - 1/4 + ... + 1/9999 - 1/10000 por adição dos termos: - da esquerda para a direita; - da direita para a esquerda; - positivos e dos termos negativos, separadamente, da esquerda para a direita; - positivos e dos termos negativos, separadamente, da direita para a esquerda. O resultado com dez casas decimais é 0.6930971830.

23. Escreva um programa para calcular uma aproximação para cosseno(X), onde X é um valor inteiro lido da unidade padrão de entrada. A aproximação pode ser obtida de cos(x) = 1 - X/2! + X/4! - X/6! ... O programa deve encerrar o processamento quando a variação no valor calculado for inferior a 0.001.

24. Escreva um programa em PASCAL para calcular uma aproximação para seno(X), onde X é um valor inteiro lido da unidade padrão de entrada. A aproximação pode ser obtida de: sen(X) = X - X/3! + X/5! - X/7! + ... O programa deve encerrar o processamento quando a variação no valor calculado for inferior a 0.001.

25. Escreva um programa em PASCAL para calcular uma aproximação para exp(X), onde X é um número qualquer lido da unidade padrão de entrada. A aproximação pode ser obtida de: exp(X) = 1 + X + X/2! + X/i!. O programa deve encerrar o processamento quando a variação no valor calculado for inferior a 0.0001.

26. Escreva um programa em PASCAL que imprima a tabela abaixo:

         NUMERO QUADRADO CUBO RAIZ QUADRADA RAIZ CUBICA

         1.5 2.25 3.375 1.2247 1.1447

         2.5 6.25 15.625 1.5811 1.3572

         . . . . .

         . . . . .

         99.5 9900.25 985074.875 9.9749 4.6338

27. Escreva um programa em PASCAL para imprimir uma tabela de temperaturas em graus Célsius e equivalentes em Fahrenheit, de 0 C a 100 C.

28. Escreva um programa em PASCAL para ler dez grupos de valores para A, B e C (variáveis do tipo REAL). Para cada grupo de valores o programa deve imprimir os valores lidos e as raízes da equação Ax2 + Bx + C = 0.

29. Escreva um programa em PASCAL para ler quatro valores reais, imprimir o maior dos quatro valores e os valores lidos, nesta seqüência.

30. Escreva um programa em PASCAL para ler 50 valores inteiros aleatórios, imprimir os valores lidos e determinar o maior dos valores lidos.

31. Escreva um programa em PASCAL para ler cinqüenta valores inteiros aleatórios, imprimir os valores lidos e determinar o menor dos valores lidos e sua posição no conjunto.

32. Escreva um programa em PASCAL para ler N e a seguir ler N valores inteiros, imprimir os valores lidos e determinar o maior e o menor dos N valores.

33. Escreva um programa em PASCAL para ler N números inteiros, imprimir os números lidos e determinar a diferença entre os dois maiores números lidos.

34. Escreva um programa em PASCAL para ler e imprimir a idade de um grupo de 20 pessoas. Ao final, o programa deve determinar a pessoa mais idosa, a mais jovem, e a média das idades do grupo de pessoas.

35. Escreva um programa em PASCAL que leia cinqüenta valores reais quaisquer, imprima os valores lidos e determine qual o segundo menor dentre os valores, sem efetuar ordenação.

36. Escreva um programa em PASCAL que leia cinqüenta valores reais quaisquer, imprima os valores lidos e determine qual o segundo maior dentre os valores e sua posição no conjunto, sem efetuar ordenação.

37. Escreva um programa em PASCAL para ler três números reais quaisquer e imprimir estes números em ordem numérica crescente.

38. Escreva um programa em PASCAL para ler três valores inteiros, imprimir os valores lidos e determinar o valor que não é o maior e que não é o menor dos três valores lidos.

39. Escreva um programa em PASCAL para ler dez grupos de três valores inteiros cada, imprimir os valores lidos identificado o valor que não é o maior e que não é o menor para cada um dos grupos de três valores.

40. Escreva um programa em PASCAL para ler vários grupos de três valores inteiros e determinar o valor que não é o maior e que não é o menor para cada um dos grupos. O processamento deve ser encerrado quando um dos três valores for negativo.

41. Escreva um programa em PASCAL para ler oito valores reais, imprimir os valores lidos e determinar: - a média dos números positivos; - a média dos números negativos; e - a soma de todos os valores lidos.

42. Escreva um programa em PASCAL para ler um valor inteiro K e calcular a média aritmética de K valores reais lidos da unidade padrão de entrada. O programa deve imprimir os valores lidos e a sua média aritmética.

43. Escreva um programa em PASCAL para ler um número inteiro K, e a seguir ler K números inteiros, imprimir os valores lidos e determinar a média aritmética dos valores ímpares e a média aritmética dos valores pares existentes entre os valores lidos.

44. Escreva um programa em PASCAL para ler um número desconhecido de valores reais e imprimir todos os valores lidos, a soma dos valores lidos e a média aritmética dos valores. O processamento encerra quando um mesmo valor for lido duas vezes consecutivas, sem considerar uma destas leituras no processamento.

45. Escreva um programa em PASCAL para ler vários grupos de 5 valores reais cada e calcular a média ponderada destes valores, sabendo-se que o primeiro valor tem peso 4, o segundo e o terceiro têm peso 2 e os dois últimos têm peso 1. O processamento encerra quando for lido um grupo com todos os valores negativos, sem considerar este grupo de valores nos cálculos. Para cada grupo de valores, o programa imprime os valores lidos e a média ponderada.

46. Escreva um programa em PASCAL que leia dois valores inteiros A e B (A sempre par e menor que B), calcule o produtório dos números pares compreendidos entre A e B, inclusive. O programa deve imprimir o produtório e a quantidade de elementos que compõem o produtório.

47. Escreva um programa em PASCAL para ler três números inteiros e imprimir todos os múltiplos do primeiro que estejam compreendidos entre o segundo e o terceiro, inclusive. Assuma que primeiro <= segundo <= terceiro.

48. Escreva um programa em PASCAL para ler um número inteiro qualquer e determinar todos os seus divisores exatos.

49. Escreva um programa em PASCAL para ler vinte valores inteiros e imprimir cada um dos valores acompanhado de todos os seus divisores exatos.

50. Escreva um programa em PASCAL para ler quinze pares de valores inteiros e determinar o Máximo Divisor Comum para cada um dos quinze pares de valores.

51. Escreva um programa em PASCAL para cálculo do Mínimo Múltiplo Comum entre dois números inteiros lidos da unidade padrão de entrada.

52. Escreva um programa em PASCAL para ler um número inteiro N e a seguir ler N pares de valores inteiros. Para cada um dos N pares de valores o programa deve determinar seu Mínimo Múltiplo Comum.

53. Escreva um programa em PASCAL para ler vários grupos de dois valores inteiros até encontrar dois valores iguais. O programa deve imprimir cada par de valores acompanhado de seu Mínimo Múltiplo Comum.

54. Escreva um programa em PASCAL que leia um número inteiro qualquer e determine se o número lido é primo ou não.

55. Escreva um programa em PASCAL para ler um número inteiro N e imprimir os N primeiros números primos.

56. Escreva um programa em PASCAL para determinar os números primos do intervalo [501, 1500].

57. Escreva um programa em PASCAL para determinar os números primos do intervalo [M, N], onde M e N são valores lidos da unidade padrão de entrada.

58. Escreva um programa em PASCAL para ler um número inteiro qualquer e verificar se o número lido é primo. Em caso afirmativo, o programa deve imprimir o fatorial do número. Caso o número não seja primo, imprimir todos os seus divisores.

59. Escreva um programa em PASCAL para ler seguidamente vários valores inteiros até encontrar um valor negativo ou nulo. Para cada um dos valores lidos, exceto o último, o programa deve informar se o valor é primo ou não.

60. Escreva um programa em PASCAL para identificar os pares de números menores que 500 tais que o segundo seja igual a 1 mais duas vezes o primeiro. Exemplo: 3 e 7.

61. Escreva um programa em PASCAL para determinar um número inteiro N tal que N + 3N + 5 seja divisível por 121.

62. Escreva um programa em PASCAL para ler dois números inteiros e determinar se eles são primos gêmeos. Dois números são primos gêmeos se eles são primos e existe uma diferença de dois (2) entre eles (11 e 13 são primos gêmeos).

63. Escreva um programa em PASCAL que imprima os seis primeiros pares de primos gêmeos.

64. Escreva um programa em PASCAL para determinar todos os pares de primos gêmeos menores que N, sendo N um valor lido.

65. Escreva um programa em PASCAL que leia um número inteiro qualquer e determine se esse número é perfeito ou não. Um número é perfeito quando a soma de seus divisores, excetuando- se o próprio número, for igual ao número.

66. Escreva um programa em PASCAL para determinar todos os números perfeitos existentes entre 2 e 1000.

67. Escreva um programa em PASCAL para ler dois números inteiros e determinar se eles são primos relativos. Dois números são primos relativos (ou primos entre si) quando eles não têm nenhum divisor comum (excetuando-se a unidade).

68. Escreva um programa em PASCAL para determinar se um número inteiro de quatro dígitos é palíndromo perfeito. Um número é palíndromo perfeito quando pode ser lido da direita para a esquerda sem alterar seu valor, tal como 1661.

69. Escreva um programa em PASCAL para determinar todos os números palíndromos perfeitos do intervalo [1000, 9999].

70. Escreva um programa em PASCAL para identificar os números amigáveis menores que 2000. Dois números são amigáveis quando cada um é igual à soma dos divisores do outro número (excluindo apenas o próprio número). Exemplo: 220 e 284 são números amigáveis pois a soma dos divisores de 220 (1, 2, 4, 5, 10, 11, 20, 22, 44, 55, 110) é igual a 284 e a soma dos divisores de 284 (1, 2, 4, 71, 142) é igual a 220.

71. Escreva um programa em PASCAL para determinar todos os números de 3 algarismos, cujas somas dos cubos dos algarismos sejam iguais ao próprio número. Exemplo: 153 = 1 + 5 + 3 .

72. Escreva um programa em PASCAL para determinar todos os números de 4 algarismos que possam ser separados em dois números de dois algarismos que somados e elevando-se a soma ao quadrado obtenha-se o próprio número. Exemplo: 3025 = (30 + 25) = 55 .

73. Escreva um programa em PASCAL para ler os coeficientes de várias equações do segundo grau e determinar, para cada uma das equações, suas raízes reais, caso existam. Quando a equação não possuir raízes reais, o programa deve informar esta ocorrência. O processamento deve ser encerrado quando o primeiro valor lido for nulo, sem considerar este grupo de valores nos cálculos.

74. Um método para verificar se uma multiplicação está correta é a soma dos nove fora dos multiplicadores e produto. Elabore um programa em PASCAL para determinar a soma dos nove fora de um número decimal inteiro positivo com no máximo 8 algarismos.

75. Escreva um programa em PASCAL para ler e imprimir 3 valores reais. O programa deve verificar se esses valores formam um triângulo e o tipo de triângulo. O triângulo poderá ser:

         - equilátero - quando os três lados forem iguais;

         - isósceles - quando dois dos lados forem iguais e

         - escaleno - quando os três lados forem distintos.

76. Escreva um programa em PASCAL que leia as coordenadas (X1, Y1), (X2, Y2), e (X3, Y3) representando os vértices de um triângulo em um sistema de coordenadas cartesianas, leia as coordenadas (X4, Y4) de um ponto qualquer e determine se o ponto localiza-se dentro do triângulo. O programa deve escrever todas as coordenadas.

77. Escreva um programa em PASCAL para ler um número inteiro qualquer e determinar sua raiz quadrada pelo método de Newton com aproximação de 0.0001. A aproximação deve ser obtida de:

         X = a/2

         X = 1/2 (X + a/X) para i = 1, 2, 3, ...

78. Modifique o programa de cálculo da raiz quadrada pelo método de Newton, de modo a informar quantas iterações foram necessárias para atingir uma aproximação desejada (lida da unidade padrão de entrada).

79. Escreva um programa em PASCAL para ler um número inteiro qualquer e determinar sua raiz cúbica por aproximações sucessivas pelo método de Newton. A raiz com aproximação de 0.0001 deve ser obtida de:

         X = a/3

         X = 1/3 (2X + a/X ) para i = 0, 1, 2, 3, ...

80. Escreva um programa em PASCAL para determinar o dia da semana referente a uma data qualquer do Calendário Gregoriano. A data deve ser lida no formato dia-mês-ano. O Reverendo Zeller desenvolveu o seguinte algoritmo com esse objetivo:

         - considerar M como sendo o mês do ano, iniciando com março com M = 1 e   janeiro e fevereiro sendo os meses 11 e 12 do ano anterior;

         - considerar D como sendo o dia do mês;

         - considerar A como sendo o ano do século;

-         considerar S como sendo o século anterior. O índice do dia (Domingo = 0, Segunda = 1, ..., Sábado = 6) é dado pelo resto da divisão de (13M - 1)/5 + A/4 + S/4 por 7, considerando apenas a parte inteira de cada uma das divisões.

 

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